Exigem-se medidas preventivas para controlar o surto de Legionella

A de­pu­tada Ma­riana Silva, do Grupo Par­la­mentar do Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes» (PEV), en­tregou na As­sem­bleia da Re­pú­blica uma per­gunta, ques­ti­o­nando o Go­verno através do Mi­nis­tério do Am­bi­ente e da Acção Cli­má­tica, sobre o surto de­cla­rado de do­ença dos le­gi­o­ná­rios, pro­vo­cado pela bac­téria «Le­gi­o­nella pneu­mophila», no Norte do País, no­me­a­da­mente nos con­ce­lhos de Ma­to­si­nhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde.

Re­cla­mando«me­didas pre­ven­tivas para con­trolo do surto», o PEV ques­ti­onou sobre «quantas em­presas exis­tentes na área afec­ta­da­pelo surto dis­põem de torres de re­fri­ge­ração»e se as mesmas, ou ou­tras com equi­pa­mentos pas­sí­veis de cons­ti­tuir fonte de con­ta­mi­nação por le­gi­o­nella, «estão a ser alvo de es­tudo, ins­pecção e/​ou so­li­ci­tação do re­gisto de au­to­con­trolo de emis­sões».

Os eco­lo­gistas querem também saber «quantas ac­ções ins­pec­ti­va­sam­bi­en­tais (re­gu­lares e ex­tra­or­di­ná­rias) foram feitas, na área iden­ti­fi­cada pelo surto, a torres de re­fri­ge­ração exis­tentes em em­presas e or­ga­nismos de­ten­tores de li­cença am­bi­ental», bem como quantos ele­mentos de­di­cados à ins­pec­ção­am­bi­ental existem na área Norte do País.

O PEV in­ter­rogou ainda o Exe­cu­tivo PS acerca do «mo­tivo pelo qual as au­to­ri­dades de saúde, em ar­ti­cu­lação com o Mi­nis­tério do Am­bi­ente» não de­ter­mi­naram, pelo menos até 12 de No­vembro,«a sus­pensão da ac­ti­vi­da­dedas torres de re­fri­ge­ração, bal­neá­rios e pis­cinas na área afec­ta­dade modo a agir pre­ven­ti­va­mente face a esta pos­sível fonte de in­fecção».

Pre­venir e com­bater o surto
As Co­mis­sões Con­ce­lhias de Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Ma­to­si­nhos do PCP ex­pres­saram, num co­mu­ni­cado con­junto di­vul­gado no dia 15, a sua «so­li­da­ri­e­dade às po­pu­la­ções destes três con­ce­lhos, em par­ti­cular às ví­timas e fa­mi­li­ares do surto de le­gi­o­nella». As es­tru­turas par­ti­dá­rias fazem saber que o Grupo Par­la­mentar do PCP já di­rigiu uma per­gunta ao Go­verno a ques­ti­onar de que forma está a «acom­pa­nhar o surto, que in­for­ma­ções tem sobre a origem do mesmo e que me­didas estão a ser to­madas para o ras­tre­a­mento de pos­sí­veis in­fec­ções e pre­venção das mesmas».

Ga­ran­tindo que o Par­tido tem vindo a acom­pa­nhar a evo­lução deste surto, e «com­pre­en­dendo o facto de não haver ainda co­nhe­ci­mento su­fi­ci­ente por parte das au­to­ri­dades de saúde sobre a sua origem», as três co­mis­sões con­ce­lhias re­alçam que tal «não pode sig­ni­ficar que não se tomem me­didas pre­ven­tivas para conter esta grave si­tu­ação».

Para o PCP, o Ser­viço Na­ci­onal de Saúde tem de as­se­gurar os meios ne­ces­sá­rios para res­ponder a esta si­tu­ação, mesmo tendo em conta o surto epi­dé­mico que o País atra­vessa.

Os co­mu­nistas ga­rantem ser pos­sível evitar o sur­gi­mento de novos casos, su­bli­nhando a ne­ces­si­dade de ter em conta ex­pe­ri­ên­cias an­te­ri­ores no País e a exis­tência de aná­lises cujos re­sul­tados são ainda des­co­nhe­cidos. No en­tanto, re­alçam,há «sim­ples me­didas que podem ser to­madas, como o re­forço de cloro na água para abas­te­ci­mento pú­blico, o en­cer­ra­mento de torres de re­fri­ge­ração de al­gumas em­presas, a sus­pensão de ac­ti­vi­dades nos equi­pa­mentos des­por­tivos, o apelo à po­pu­lação para de­sin­fecção de chu­veiros de suas casas, a não ex­po­sição a va­pores, entre ou­tras».

 



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