Ciclo de Cinema «Resistência Antifascista»
CULTURA O Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, Moita, acolhe, até ao dia 25 de Novembro, o Ciclo de Cinema «Resistência Antifascista», que inclui no seu programa intervenções de ex-presos políticos.
«Outro País» encerra o Ciclo de Cinema
Promovido pelo núcleo do concelho da Moita da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), o Ciclo de Cinema arrancou no dia 27 de Outubro com a projecção do filme «Cinco dias, cinco noites», de José Fonseca e Costa, e a intervenção de Domingos Abrantes.
Seguiu-se, no dia 4 de Novembro, a «Balada da praia dos cães», de José Fonseca e Costa, e, anteontem, 10, «Raiva», de Sérgio Tréfaut. As películas foram precedidas dos testemunhos, respectivamente, de José Pedro Soares e de Armando Morais e Mariana Morais.
O ciclo termina no próximo dia 25, às 20h30, com a projecção de «Outro País», de Sérgio Tréfaut, que já conquistou o prémio de Melhor Documentário Português – Festival da Malaposta 1999 e um Golden Gate Award San Francisco Film Festival.
A pesquisa para este documentário revelou milhares de fotografias e cerca de 40 filmes estrangeiros sobre a Revolução portuguesa. Em 1999, quando se rodou «Outro País» quase nada deste material tinha cópia em Portugal.
«Em 25 de Abril de 74, um golpe militar derrubou a mais antiga ditadura ocidental sem derramar uma gota de sangue. A descoberta da Democracia e o desmantelar do último império colonial europeu projectaram Portugal para o primeiro plano da actualidade internacional. Durante a Revolução dos Cravos, alguns dos maiores fotógrafos e documentaristas do mundo desembarcaram em Lisboa para recolher imagens: Glauber Rocha, Robert Kramer, Thomas Harlan, Pea Holmquist, Santiago Alvarez, Sebastião Salgado, Guy Le Querrec, Dominique Issermann, Jean Gaumy, etc. Quase todos sonhavam com um mundo diferente», lê-se na sinopse.
«Vinham de Maio de 68, do Vietname, do Chile de Allende e viviam a Revolução portuguesa como um laboratório único de experiências. O que descobriram em Portugal? Que balanço fizeram anos mais tarde?», acrescenta-se.
A entrada é gratuita e a lotação limitada, sendo periodicamente avaliada de acordo com as indicações da Direcção-Geral da Saúde.