Em comunicado divulgado no dia 29 de Outubro, o Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV) dá conta da apresentação, na Assembleia da República (AR), de uma pergunta ao Governo sobre o avanço da dinâmica dunar sobre a estrada asfaltada na Fonte da Telha e o arrastamento de solo e areias em torno da estrada, provocado pelas chuvas, notando-se nalgumas zonas um ligeiro abatimento do pavimento, assim como arrasto para areia e mar do material betuminoso que compõe o asfalto, que poderá conter derivados de petróleo.

No documento, dirigido ao ministro do Ambiente e da Acção Climática, o PEV lembra que a intervenção da CM de Almada foi «alvo de elevada contestação, não apenas da população e autarcas locais, como por grupos de cidadãos e por organizações não governamentais de ambiente», por ter sido feita em zona sensível de duna primária e de estar sujeita aos agentes de erosão e às ocorrências climáticas, não respeitando as Normas Gerais do Programa da Orla Costeira – Alcobaça – Cabo Espichel e da REN, como a própria CCDR – LVT veio confirmar na sua comunicação de 29 de Julho de 2020.

No dia 14 de Julho, o ministro do Ambiente, na Comissão parlamentar de Ambiente, confirmou que o pavimento colocado pela autarquia não era adequado, tendo afirmado que o mesmo deveria ser removido no final da época balnear, avançando até um valor monetário para o custo da operação de remoção.

Por tudo isto, o PEV quer saber, entre outras matérias, se o ministério já notificou a autarquia de Almada, «no sentido de proceder à remoção do asfalto betuminoso ali colocado?» e que medidas «estão equacionadas para impedir que o material betuminoso seja arrastado para o mar, enquanto não é retirado?».