Centros de comando
As teses do XXI Congresso confirmam-se como alfobre de ferramentas de reflexão e intervenção. No caso da ofensiva ideológica do capital monopolista, definem como «instrumento fulcral» os média dominantes e a «legião de comentadores comandados» por «um centro difusor», que «dissemina os elementos ideológicos para a aceitação acrítica das imposições», e cujo alvo prioritário é o PCP.
Com intervenção do (PSD, CDS e) PS - por exemplo, quando o Governo não se opõe aos despedimentos colectivos na Global Média, apesar dos milhões do Estado para antecipar a publicidade institucional e pagar o lay-off a 530 trabalhadores -, medra a concentração da propriedade dos média, centralizando capitais e poder, alargando a exploração e a regressão das liberdades de imprensa e informação, a manipulação e a mistificação ideológica.
O que se verifica na Global Media (JN, DN, TSF) e na Media Capital (TVI, Radio Comercial, Plural) são processos (convergentes?) de polarização do comando político e ideológico dos média dominantes, que afrontam princípios constitucionais.
No quadro do agravamento da luta de classes, ficam mais claros os efeitos deste tipo de processos: na ocultação sistemática do PCP e ainda mais quando confronta directamente os «interesses» – na luta pela nacionalização do Novo Banco, ou contra a exploração; ou nas mistificações e provocações do Observador, de M. Mendes, de Camilo Lourenço e etc., para a destruição do SNS e mais dinheiro para o «negócio da doença», por medidas securitárias e repressivas, ou por mais uma revisão da CRP contra o Portugal de Abril.
É por isso, pela denúncia e pela luta que travamos, que o PCP é e será o principal alvo a abater dos centros de comando dos média dominantes. E por isso importa esclarecer e persistir.