Vitória da unidade na Covibus
Na segunda-feira, 31 de Agosto, a Transdev aceitou integrar nos seus quadros os trabalhadores da Covibus (sistema municipal de transportes urbanos da Covilhã) com vínculo à Avanza, a concessionária cessante. Os trabalhadores «passam para o novo operador sem quebra de qualquer direito e com vínculos de trabalho efectivo», informou a Fectrans/CGTP-IN nessa tarde, considerando que esta foi «uma importante vitória».
Na manhã do último dia do mês (e também último dia da operação da Avanza), os trabalhadores, organizados no STRUP e apoiados também pela União dos Sindicatos de Castelo Branco, «recusaram-se a iniciar os seus turnos de serviço, concentrando-se em frente à Câmara Municipal».
Cumprindo o que haviam decidido em plenário, no dia 28, «não retomaram o trabalho sem que fosse assumido pela Transdev que seria cumprido o Contrato Colectivo de Trabalho Vertical e o previsto na lei relativamente à transmissão de estabelecimento, ou seja, que o novo operador tem de assumir os trabalhadores, mantendo as suas remunerações, a antiguidade e a convenção colectiva em vigor».
A federação destacou a importância deste desfecho, «tendo em conta que, nos termos da legislação em vigor, decorrem concursos para as concessões de transporte público rodoviário na maioria dos municípios».
PCP solidário
Com a presença de uma delegação, durante a concentração, a Comissão Concelhia do PCP manifestou «toda a solidariedade aos trabalhadores da Covibus» e reafirmou que «compete à Câmara Municipal da Covilhã assegurar a manutenção dos postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores, no contrato de prestação de serviços com a Transdev».
Posição semelhante tinha sido divulgada no dia 30, pelos eleitos nas listas da CDU na Assembleia Municipal e nas assembleias das freguesias de Covilhã e Canhoso, Tortosendo e Boidobra.
O Partido salientou que «o concurso para a nova concessão dos transportes urbanos ficou deserto porque quem gere a Câmara Municipal quer meter o “Rossio na Rua da Betesga”», ou seja, juntar também elevadores e ascensores, estacionamento à superfície e gestão das bicicletas eléctricas.
Este episódio ilustra «um verdadeiro falhanço de planeamento e gestão» e é «uma demonstração clara de que a ideia global do Plano de Mobilidade da Covilhã deveria enquadrar-se numa empresa municipal de mobilidade, a criar pelo município».