O «novo normal»
O«novo normal» surgiu no jargão ideológico das classes e media dominantes para impor uma nova mistificação, afecta aos seus interesses, nesta fase da actual epidemia, sobre o que seria «socialmente necessário» à sobrevivência das classes dominadas – pânico, angústia, paralisia, resignação, egocentrismo, distanciamento social, desistência.
Neste «novo normal» estamos limitados por muita sobre-informação do COVID-19 e das suas incidências, nem sempre objectiva, que potencia o terror psico-social e visa ocultar a denúncia e quebrar a resistência ao caldo de cultura e à realidade da política de direita, que usa e abusa da crise sanitária para concentrar e centralizar capitais e riqueza e impor mais exploração, empobrecimento e regressão social.
Assim se verifica que o «novo normal» integra o velhíssimo «anormal» dos interesses das classes dominantes: na inaceitável distribuição da riqueza; nas cada vez mais evidentes opções de direita da política do Governo PS, claras na entrevista do primeiro-ministro ao Expresso; e na inevitável campanha ideológica de mistificações e mentiras, de ofensiva e calúnia contra quem luta, de anticomunismo e ataque ao PCP.
Depois de, a pretexto da Festa do Avante!, o ataque apoiado no «novo normal» caluniar o PCP pela «irresponsabilidade», os «privilégios» e os «milhões», chegou finalmente a campanha anticomunista onde seria inevitável, com os Tavares e outros «morgados», escribas de serviço às encomendas de quem decide – o PCP «serve os interesses da extrema direita», está a fazer «haraquíri» e agora sim é o «fim do comunismo».
Pois claro! Aliás é mesmo por isso que, pela enésima vez, anunciam a morte do PCP. E nós a vermos daqui que o seu ódio de classe está ainda mais aceso porque sabem que, cada vez mais, «o futuro tem Partido».