Técnicos de espectáculos querem apoios e regresso
PROTESTO Alertar o Governo para o risco de sobrevivência do sector, reclamar apoios e o regresso ao trabalho, mobilizou, anteontem, empresas e técnicos de eventos e espectáculos numa acção reivindicativa em Lisboa.
Esta é uma luta que só está a começar
O protesto, promovido ao início da noite desta terça-feira pela Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos sob o lema «queremos um dia voltar», contou com a presença de centenas de operadores e trabalhadores, que se dispuseram no Terreiro do Paço junto a malões de transporte de equipamentos.
A iniciativa pôde ser acompanhada em directo nas páginas da APSTE nas redes sociais e incluiu a projecção, na fachada dos ministérios contíguos ao Arco da Rua Augusta, de imagens e palavras significativas sobre o que está em causa numa área de actividade que, ao contrário doutras, não tem perspectiva de regresso à normalidade.
Em voz-off, antes dos profissionais baterem ruidosamente nas flight cases sinalizando que esta é uma luta que só está a começar, ouviu-se o manifesto da APSTE, no qual se sublinhou que «a indústria tem sido devastada pelos impactos da COVID-19», tendo as empresas criado este movimento para «contribuir para a definição e regulamentação do sector» e ajudar «a encontrar medidas e soluções para mitigar os danos causados [pela epidemia]».
Na acção reivindicativa esteve uma delegação do PCP constituída por Ana Mesquita, deputada comunista, Madalena Santos, da Direcção Nacional da Festa do «Avante!», e Maria Emília, da Comissão de Espectáculos da Festa.
Em vídeo divulgado pelo PCP, Ana Mesquita expressou a solidariedade do Partido para com os técnicos de espectáculos e eventos e realçou que é possível regressar à vida cumprindo todas as regras, sendo, por isso, «esta uma causa justa».