Para a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o desmantelamento da Direcção-Geral de Alimentação Veterinária (DGAV), pelo Ministério da Agricultura, é uma decisão «desastrosa».

«De facto, são preocupantes as notícias vindas a público, no seguimento das lamentáveis declarações do primeiro-ministro sobre a DGAV e as suas citadas competências, declarações que apontam para um esvaziamento significativo deste importante organismo sob tutela do Ministério da Agricultura, o que, a acontecer, terá consequências danosas para o sector da produção e da comercialização agro-alimentares, para toda a economia nacional e também para a qualidade alimentar da população», considera a CNA, em nota de imprensa de 30 de Julho.

Tal como a CNA acentua, aliás como já antes o fez perante idênticos «desmantelamentos», o «problema não está no organismo, mas, sim, na sub-orçamentação crónica dos serviços públicos e na falta de investimento na Administração Pública com recursos financeiros, técnicos e humanos suficientes para dar resposta às suas responsabilidades». «A resposta ao problema está, pois, no reforço da DGAV e não no seu “desmantelamento”», defendem os agricultores.

Outro «erro crasso», que deve ser corrigido, foi o de retirar o sector florestal da alçada do Ministério da Agricultura. «É cada vez mais evidente que essa, sim, é uma necessidade – voltar a existir um Ministério da Agricultura, Floresta e Desenvolvimento Rural» e «dotá-lo com meios e competências que ajudem a produzir outras e melhores políticas agro-alimentares e agro-florestais», defende a CNA.

Debate
A Confederação vai realizar, amanhã, 7, às 15h00, o debate «Floresta e incêndios: Por outras políticas agro-florestais», com Francisco Rego, presidente do Observatório Técnico Independente para os Incêndios, Pedro Gomes, da Federação Nacional dos Baldios (BALADI) e Aníbal Cabral, da CNA. A iniciativa é transmitida em www.facebook.com/cna.agricultura.