O PCP sobressaiu
Pelo balanço da actividade parlamentar feito pela própria Assembleia da República e recentemente divulgado, ficámos a saber que o PCP foi o partido com mais projetos apresentados (140) e aprovados (14) na 1.ª sessão legislativa da XIV Legislatura (entre Outubro de 2019 e Julho de 2020).
Mas dizer isto ainda é pouco. Analisando a natureza desses projectos, os seus conteúdos, os destinatários das iniciativas legislativas levadas a cabo pelo PCP, também se pode constatar que todos eles decorreram do seu compromisso com os trabalhadores e com o povo: com a defesa ou conquista de direitos dos trabalhadores e dos interesses dos micro, pequenos e médios empresários, dos pequenos e médios agricultores, dos profissionais das artes e da cultura, dos bombeiros e das suas corporações. Todos eles apontaram soluções para os problemas concretos do País: com a defesa e reforço dos serviços públicos, nomeadamente do SNS. Todos eles tiveram a ver com a proposta e a luta do PCP pela construção de uma política alternativa patriótica e de esquerda.
Ou seja, dada a sua natureza de classe, o PCP desenvolveu na Assembleia da República (e o mesmo se podia dizer no Parlamento Europeu, nas Assembleias Regionais da Madeira e dos Açores, nas Autarquias Locais) uma acção institucional que, dialecticamente articulada com a luta de massas, foi decisiva para resistir aos projectos do grande capital materializados na política de direita e para que se criem as necessárias condições para avançar para o desenvolvimento soberano do País.
Ora, se assim é (e é mesmo), impõe-se retirar a correspondente ilação: é preciso dar mais força ao PCP para que a luta dos trabalhadores e do povo também saia reforçada.