Marcha em Évora por direitos e melhores salários

ACÇÃO Na segunda-feira, 22 de Junho, os trabalhadores dos principais sectores industriais do distrito de Évora vão participar num cordão humano para exigir mais segurança, direitos e salários dignos.

A pandemia não pode ter costas largas

Integrada na semana nacional de luta «Vamos à luta, para defender a saúde e os direitos dos trabalhadores» (ver página 5), a marcha, com início, às 17h30, no Rossio de São Brás (Monte Alentejano), é promovida pela Fiequimetal, o SIESI e o SITE Sul.

O respeito pelo direito às férias; o fim dos horários desregulados; o pagamento dos salários na íntegra; o fim dos despedimentos e a integração de todos os trabalhadores despedidos; trabalho com segurança, são algumas das razões.

«A pandemia não pode ter costas largas», destaca-se no comunicado que começou a ser distribuído aos trabalhadores no dia 15 de Junho, onde a Federação e os seus dois sindicatos recordam que têm sido muitos os expedientes do patronato para atacar os direitos dos trabalhadores, sob o pretexto do combate à pandemia.

«A realidade demonstra que o surto epidémico é visto como mais uma oportunidade para aumentar os lucros e acentuar a exploração dos trabalhadores», lê-se no documento, referindo que a desregulação dos horários e a imposição de férias «não são culpa do vírus», tal como a redução dos salários e os despedimentos. «Muitos trabalhadores têm visto os seus rendimentos reduzidos, seja por via do lay-off, seja pelas alterações unilaterais dos horários e consequente corte nos subsídios de turno e trabalho nocturno», refere-se ainda.

Para esta acção estão também convocados os trabalhadores com vínculos precários, que são «fortemente atingidos e descartados pelo patronato, quando este tem beneficiado de milhões e milhões de euros com origem em recursos públicos».

Relativamente à falta de condições de trabalho e de segurança, lembra-se que o «fornecimento de equipamentos de protecção individual e a garantia de condições de higiene e segurança, bem como o cumprimento das normas e orientações da Direcção-Geral da Saúde, têm sido negligenciados pelas administrações de muitas empresas, que olham para os trabalhadores apenas como peças, que geram lucros, e descuram a sua segurança e saúde».

Setúbal

Hoje, 18, a União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN vai realizar um cordão humano, com início no Jardim do Bonfim, Setúbal, às 16h30. Será ainda anunciada a data do Congresso da União de Sindicatos, assim como as acções de luta que se vão realizar no distrito no âmbito da semana de luta decidida pelo Conselho Nacional da CGTP-IN.

 



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