Manobras militares na Polónia com tropas dos Estados Unidos

MANOBRAS No Noroeste da Polónia, estão a decorrer desde o dia 4 os exercícios militares Defender-Europe 20, com a participação de forças dos Estados Unidos, que estiveram previstos para Março.

Participam nos exercícios cerca de quatro mil efectivos norte-americanos

Cerca de quatro mil soldados dos Estados Unidos estão a participar desde a semana passada nas manobras militares Defender-Europe 20, na Polónia, anunciou em Varsóvia o ministro da Defesa, Mariusz Blaszczak.

Nos exercícios estão envolvidos seis mil soldados, dois mil dos quais polacos, 100 tanques, mais de 230 veículos de combate, artilharia, sistemas de mísseis e aviões, num total de dois mil equipamentos bélicos.

De acordo com o ministro polaco, o objectivo principal do exercício é incrementar a preparação estratégica e a capacidade para uma deslocação rápida de tropas norte-americanas para a Europa.

Os efeitos da pandemia de COVID-19 na Polónia atrasaram o começo do Defender-Europe 20, previsto para Março, e considerado então como a maior transferência de efectivos dos EUA para a Europa nos últimos 25 anos.

«Naturalmente, a pandemia mudou os nossos planos, mas o principal é que nos adaptámos rapidamente à realidade existente», afirmou o governante na abertura das manobras, que decorreu no polígono de Drawsko Pomorskie, no Noroeste da Polónia.

O titular da pasta da Defesa agradeceu ao comando das forças dos EUA por «os militares norte-americanos estarem aqui e treinarem-se connosco, apesar dos problemas que todo o mundo enfrenta».

O CPPC, em comunicado, manifestou a sua «particular preocupação» com a realização destes exercícios e a participação de militares portugueses, lembrando as responsabilidades da NATO nas agressões militares contra a Jugoslávia, Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria, o seu papel no golpe de cariz fascista na Ucrânia e o facto de o orçamento militar dos seus membros representar cerca de 70% do total mundial. Um «futuro de paz», reafirma o CPPC, exige a dissolução deste bloco político-militar e o fim das armas nucleares e de destruição massiva.




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