NATO intensifica provocações junto das fronteiras da Rússia
Barcos e meios de vigilância russos pertencentes à Frota do Norte vigiam os movimentos da fragata francesa Aquitania no Mar de Barents, informou na sexta-feira, 5, o Ministério da Defesa da Rússia.
A incursão do navio francês, com mísseis cruzeiros de mil quilómetros de alcance, é a segunda entrada em menos de um mês de barcos de guerra da NATO naquele mar, a Norte da Noruega e da Rússia, algo que não acontecia desde a década de 1980.
Nos primeiros dias de Maio, três navios de guerra norte-americanos, dotados de sistemas anti-mísseis, e uma fragata britânica entraram no Mar de Barents, onde foram seguidos de perto por meios navais russos.
Recentemente, o vice-chefe do Estado Maior das Forças Armadas russas, coronel-general Serguei Rudskoi, revelou que os referidos barcos da NATO praticaram no Mar de Barents exercícios para interceptar foguetes balísticos russos. No caso dos navios dos EUA, realizaram manobras de guerra com barcos noruegueses, nas quais participaram também um submarino atómico e um avião espião do Pentágono.
Rudskoi denunciou o incremento substancial das exercícios da NATO em zonas próximas das fronteiras da Rússia, assim como voos de aparelhos de espionagem e de bombardeiros norte-americanos perto do espaço aéreo russo nos mares Báltico e Negro.
O comando russo considera que um dos principais objectivos dessas provocações é espiar o enclave ocidental russo de Kaliningrado, onde se encontra a sede da Frota do Mar Báltico, e a península da Crimeia, integrada na Rússia após o referendo de Março de 2014.
Moscovo pediu aos EUA para suspender as provocações, sobretudo quando o mundo enfrenta a pandemia de COVID-19, e propôs reduzir ao máximo as manobras militares e afastá-las das fronteiras com outros países, mas nada disso foi aceite por Washington.