O mau tempo deixou um rasto de destruição em diversas culturas. «Vento, chuva e granizo intensos dizimaram as culturas de Primavera/Verão deste ano, nomeadamente os pomares (cereja, pêssego, peras, maçã, ameixa, damasco, figos), o olival, a vinha, o milho, o sorgo e as hortas», mas também «as culturas de Outono/Inverno, como a aveia, o azevém, o trigo e o feno», que «foram seriamente afectadas», atesta a ADACB, informando que a «violência do temporal» vai afectar a produção do próximo ano nos pomares, olival e vinha.

Nesse sentido, a associação reclama do Ministério da Agricultura que «avalie a situação» e declare o «estado de calamidade pública para a adopção de medidas urgentes que ajudem os agricultores nesta tragédia».

Apelando ao «bom senso» das entidades competentes, a ADACB defende que o Governo «deve alocar verbas adequadas às necessidades da situação» e criar «uma linha de crédito a longo prazo sem juros e apoios a fundo perdido aos agricultores afectados».

«Mais uma vez defendemos que o actual sistema de seguros agrícolas não está adequado à nossa realidade, porque tem prémios caros e uma cobertura de risco desadequada, pelo que são poucos os agricultores que aderiram a este sistema», acrescenta a associação.