Fechem no 1.º de Maio como reconhecimento

EMERGÊNCIA Com o direito à greve suspenso nos sectores essenciais, o CESP apelou às empresas da grande distribuição comercial para que encerrem os estabelecimentos no Dia Internacional do Trabalhador.

O abastecimento de bens essenciais exigiu esforço e risco acrescidos

«A decisão de encerramento dos estabelecimentos comerciais no 1.º de Maio dará aos trabalhadores do sector um sinal de reconhecimento, por se terem aguentado na linha da frente durante este período», afirma o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços, que divulgou esta segunda-feira uma carta-aberta que dirigiu às empresas de distribuição (super e hipermercados e cadeias especializadas).

O CESP/CGTP-IN nota que «há milhares de trabalhadores do sector que nunca trabalharam neste dia, e desde a alteração legislativa que possibilita o funcionamento dos estabelecimentos comerciais no 1.º de Maio, reclamam o seu encerramento» neste dia de especial significado.

Contudo, devido ao estado de emergência, «estes milhares de trabalhadores estão hoje confrontados com a impossibilidade de emissão de pré-aviso de greve, o que sentem como uma afronta às suas liberdades individuais e colectivas, incorrendo na obrigação de trabalhar no 1.º de Maio».

 

Chegou a hora

Perante medidas extraordinárias para contenção da propagação do novo coronavírus, «as empresas de distribuição, por serem consideradas essenciais no abastecimento de produtos de primeira necessidade à população, mantiveram-se sempre em funcionamento».

Os trabalhadores «mantiveram-se na linha da frente», como lhes foi pedido, «apesar dos receios, do cansaço, do “stress” associado e dos problemas na conciliação com a vida pessoal e familiar».

«Desde o início de Março, com muita afluência às lojas, rupturas de produtos em dias consecutivos, etc., e numa fase posterior, com o medo mais enraizado e até que todos os trabalhadores tivessem os equipamentos de protecção individual», «sempre o abastecimento de produtos essenciais à população esteve salvaguardado, mesmo quando os trabalhadores tinham noção clara de que estavam diariamente expostos ao risco».

Agora, o CESP entende que «é chegado o momento de toda esta dedicação dos trabalhadores ser valorizada e reconhecida por empresas e clientes, decidindo encerrar todas as superfícies comerciais no 1.º de Maio».

 



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