Pagar a 100 por cento a todos os enfermeiros

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses relembrou que ainda não foi cumprida uma das mais recentes exigências feitas ao Governo, a qual é particularmente premente: garantir remuneração a 100 por cento aos enfermeiros com contrato individual de trabalho (CIT), ausentesdo serviço por terem aqui contraído COVID-19 (infecção reconhecida como doença profissional, no caso de profissionais de saúde).

Num comunicado de dia 28, o SEP/CGTP-IN insistiu na exigência de harmonização da retribuição, que é de 100 por cento, para os enfermeiros com Contrato de Trabalho em Funções Públicas, e de 70 por cento, para os «enfermeiros CIT». O sindicato tem salientado que se trata de profissionais com as mesmas qualificações, as mesmas funções e a mesma doença profissional.

O SEP recordou ainda exigências que mantêm toda a actualidade: assegurar a existência de serviços de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) em todas as instituições de saúde e contratar urgentemente Médicos e Enfermeiros do Trabalho.

Vários hospitais e centros de saúde continuam a não ter todo o equipamento de protecção individual preconizado nas normas da Direcção-Geral da Saúde, afirma o sindicato, notando ainda que os enfermeiros que têm vindo a ser admitidos não estão a ter os exames de saúde obrigatórios.

Para justificar ausências no trabalho (quer por infecção com COVID-19, quer no caso de pessoas com doenças crónicas e estão abrangidas pelo dever especial de protecção), algumas instituições estão a exigir simples atestados de doença (certificados de incapacidade temporária para o trabalho), quando essa justificação deve caber ao médico (ou serviço) de Medicina do Trabalho.

O sindicato conclui, alertando que os serviços de SST «têm um papel determinante na protecção dos trabalhadores durante a actual crise e a longo prazo, incluindo durante a recuperação».




Mais artigos de: Trabalhadores

Fechem no 1.º de Maio como reconhecimento

EMERGÊNCIA Com o direito à greve suspenso nos sectores essenciais, o CESP apelou às empresas da grande distribuição comercial para que encerrem os estabelecimentos no Dia Internacional do Trabalhador.

Aumentados 10 euros perdem 20 por mês

«Depois de mais de 10 anos de congelamento», a recente actualização dos salários na Administração Pública foi insuficiente e ficou muito longe das justas reivindicações, mas o Governo não respondeu ao alerta e «há trabalhadores que estão a perder mais de 20 euros por mês». A Frente Comum de Sindicatos da Administração...

Por condições e valorização nos serviços hospitalares

Das empresas contratadas para assegurar serviços hospitalares (cantinas e alimentação, lavandarias, resíduos, manutenção, limpeza e outros), a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal exige «as mínimas condições de trabalho, designadamente ao nível de desinfectantes,...

Mais do que uma efeméride

No Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho, o STAL alertou para a «necessidade de, mais do que comemorar a efeméride, serem tomadas medidas práticas que conduzam à prevenção de acidentes de trabalho e doenças profissionais» e a um «pleno exercício dos direitos à saúde, a trabalhar em condições dignificantes e à...