Corte de carreiras na AM do Porto mostra caminho a seguir no futuro

TRANSPORTES Face à redução dos serviços dos operadores privados, a Direcção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP sublinhaa razão e urgência da proposta do PCP de conversão da STCP em operador interno da Área Metropolitana do Porto.

Os operadores privados demitem-se do serviço público de transportes

Em nota de imprensa divulgada dia 5, a DORP considera que, no actual contexto de surto epidémico e de cumprimento de medidas de confinamento, «sendo compreensível uma redução da oferta – desde que devidamente articulada com as autoridades de transportes (municípios e área metropolitana) e atempadamente divulgada –, o que se verifica é uma quebra muito significativa da oferta, que supera a quebra da procura».

A título de exemplo, os comunistas portuenses referem a empresa Maia Transportes, que «cancelou três carreiras, reduziu as restantes a dois, três ou quatro serviços diários», e «suspendeu ainda todos os serviços ao sábado e domingo»; a Transportes Gondomarense, que «cancelou 8 carreiras e reduziu a frequência e encurtou percursos nas restantes», isto além de ter suspendido «todos os serviços nocturnos» e anunciado, «a semana passada, o recurso ao lay-off»; e a empresa Espírito Santo, que «cancelou 14 carreiras e reduziu a frequência nas restantes», tendo, igualmente, suspendido «todos os serviços ao domingo».

«As restantes empresas privadas a operar na região, como a Valpi, a Resende/Maré, a MCG, a UTC e outras, também promoveram reduções significativas na oferta e reduziram percursos», acrescenta a DORP, que realça que ao PCP têm chegado «queixas de vários utentes que ficaram sem transportes» ou que são «forçados a viajar sem o necessário distanciamento social», uma vez que «com a redução da oferta, há autocarros a circular com mais utentes que os limites impostos por lei».

Solução
faseada

Para o Partido, «as câmaras municipais e o Conselho Metropolitano do Porto não podem ignorar esta situação», por isso reclama quer estas assumam «as suas responsabilidades enquanto autoridades de transportes», designadamente exigindo «dos operadores a garantia de serviço» e «assegurando que o mesmo é feito em condições de higienização e de segurança para motoristas e passageiros».

Mas o PCP vai mais longe e exige que o Governo e as autarquias, «reforcem a capacidade operacional» da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), dado que a realidade mostra que os «operadores privados se demitem por completo da responsabilidade de garantir um serviço público de transportes».

Mais, afirma a DORP, «o momento actual dá também razão e urgência à proposta do PCP de conversão da STCP em operador interno da Área Metropolitana do Porto, reforçando e alargando a operação, substituindo progressivamente os operadores privados», pelo que, conclui-se, «propõe a ponderação da anulação do concurso público para a escolha dos operadores rodoviários para os próximos anos, lançado muito recentemente pela Área Metropolitana do Porto, concebido com base na opção de confinar a STCP ao concelho do Porto (com algumas ligações aos concelhos limítrofes) e entregar a operação dos restantes concelhos aos operadores privados, com a agravante de o fazer com critérios muito insuficientes de qualidade e fiabilidade».



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