Enfermeiros em greve de Norte a Sul

Greves com concentrações foi a forma que os enfermeiros encontraram para defender a concretização das progressões na carreira que lhes foram garantidas. Aqueles profissionais de saúde queixam-se de terem passado dois anos sobre o descongelamento e, nalguns casos, tudo permanecer na mesma.

No Centro Hospitalar do Médio Tejo, após uma reunião com o conselho de administração no passado dia 23, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) decidiu manter a paralisação agendada para os turnos da manhã e da tarde de hoje, esclarecendo que em causa está a não avaliação que permite a progressão, a contabilização de apenas 1 ponto por ano quando a carreira consagra 1,5 pontos e a tentativa de impor mais trabalho sem qualquer contrapartida.

Já ontem, os enfermeiros concentraram-se a meio da manhã à porta da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte para reclamar respostas concretas aos mesmos problemas colocados pelos colegas do Médio Tejo.
«Existem ACES que ainda estão a pensar a forma como poderá ser ultrapassada a ausência de avaliação do desempenho do biénio 2017-2018», denunciou o SEP, que no mesmo comunicado reclama ainda «a transição de todos os enfermeiros com o título de especialista para a categoria de especialista da nova carreira, a publicação da lista nominativa de transição e a admissão urgente de mais enfermeiros».

No dia 24, no Algarve, os enfermeiros também cumpriram greve com semelhantes reivindicações. A luta registou, segundo o SEP, uma adesão de mais de 70 por cento nos hospitais e cuidados de saúde primários da região, tendo os enfermeiros dado expressão de rua à acção com concentrações junto ao Hospital de Faro e à ARS algarvia, que acusam de incumprimento do acordo celebrado a respeito da progressão nas carreiras.

 



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