A Frente Comum de Sindicatos da Administração pública, reagindo anteontem a recentes notícias acerca da possibilidade de o Governo, no Orçamento do Estado para 2020, vir a prever aumentos salariais em valores fixos e pagos de forma faseada, veio reafirmar o apelo a uma forte participação na manifestação nacional que convocou para 31 de Janeiro, com início às 14h30, no Marquês de Pombal.

Numa nota à comunicação social, a Frente Comum reitera a acusação de que este Governo «virou as costas aos trabalhadores e aos sindicatos, subvertendo o processo negocial em matérias fundamentais para as suas vidas, ao “chutar”, de forma absolutamente incompreensível, uma reunião de “negociação” para uma data posterior à votação do Orçamento do Estado, após ter recusado qualquer negociação aquando da sua apresentação».

Em declarações aos jornalistas, à margem do 12.º Congresso da FNSTFPS, a coordenadora da Frente Comum já tinha considerado inaceitável a convocação, pelo Governo, de reuniões com as estruturas sindicais para 10 de Fevereiro, quatro dias depois da votação final global do OE 2020.

Ana Avoila adiantou que, mesmo assim, os sindicatos irão à reunião, porque querem ouvir o que o Governo tem para dizer à proposta da Frente Comum. «Partimos de 90 euros para discutir com o Governo, é a nossa proposta», referiu a dirigente, citada pela agência Lusa, sublinhando que os sindicatos não vão aceitar aumentos de «zero vírgula qualquer coisa».