Luta da Kyaia pode vir até Lisboa
Caso a administração da Kyaia (Grupo Fortunato) persista em manter a ilegalidade para além de 17 de Janeiro, os trabalhadores das fábricas de calçado de Guimarães e Paredes de Coura vão realizar, no dia 25, uma manifestação na Avenida da Liberdade, em Lisboa, com passagem pela loja Overcube («estrela» comercial do grupo, aberta há dois meses).
Este aviso foi feito na sexta-feira, dia 10, pelo Sindicato do Calçado, Malas e Curtumes do Minho e Trás-os-Montes, numa nota emitida após dois dias de reuniões com os trabalhadores.
No dia 7, numa reunião, o secretário de Estado do Emprego comunicou a uma delegação do sindicato da Fesete/CGTP-IN que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) concluiu não haver fundamento legal para a introdução das pausas e aumento do horário, nos termos impostos pelo patrão.
O sindicato soube também que o Grupo Fortunato fora notificado das ilegalidades cometidas, incluindo o não pagamento de parte dos salários aos trabalhadores que continuaram a respeitar o horário de sempre. A ACT exigiu a rectificação das decisões ilegais até hoje, dia 16.
Somelos em greve
No dia 9, às zero horas, os trabalhadores da Somelos Mix Fios Têxteis, em Ronfe (Guimarães) entraram em greve, depois de a administração não ter cumprido o compromisso de pagamento dos salários de Dezembro até dia 8, revelou o Sindicato do Vestuário, Confecção e Têxtil da Região Norte. Explicando que os atrasos no pagamento aos trabalhadores ocorrem desde 2018, o sindicato sublinhou que o pagamento foi feito no dia 8 em todas as restantes empresas do Grupo Somelos.
A greve, com taxas de adesão de cerca de cem por cento na produção, prosseguiu no dia 10, nos três turnos. Perante novo compromisso de pagar até terça-feira, a greve foi suspensa.