Repressão fascista na Madeira tem de ser apurada e divulgada

MEMORIA O PCP pretende que seja apurado o destino dos arquivos da PIDE/DGS no Funchal e durante toda a próxima semana vai promover iniciativas de divulgação da repressão fascista na Madeira.

O PCP irá propor um memorial aos resistentes antifascistas

De acordo com a versão oficial, os arquivos da polícia política da ditadura portuguesa terão sido queimados, contudo a Organização Regional da Madeira do PCP duvida que, a ser verosímil tal destino, não reste qualquer rasto documental da acção repressiva da PIDE/DGS no arquipélago. Tanto mais que no Arquivo Regional existem pastas, sendo plausível presumir que pelo menos no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras exista algum rasto do acervo.

A dimensão da repressão desenvolvida ao longo de décadas torna «pouco provável que tivesse existido uma total destruição», insistem os comunistas madeirenses, que notam que «o facto do desaparecimento de uma parte da história da região nunca ter sido questionado é bem demonstrativo do escasso ou quase nulo interesse pela resistência e consequente repressão que se verificou na Madeira e Açores antes do 25 de Abril».

Justamente para contrariar aquela tendência, a representação parlamentar do PCP na Madeira vai desenvolver, ao longo da próxima semana, um conjunto de iniciativas. Sob o título «Construir a memória», decorre, na segunda-feira, 25, a partir das 19h00, uma sessão comemorativa do cinquentenário da grandiosa luta dos estudantes de Coimbra, a que se segue «uma conferência/debate sobre a Revolta do Leite, onde serão, pela primeira vez, focados alguns chocantes aspectos quanto ao nível de repressão que foi então exercida sobre a população da Madeira».

No mesmo âmbito, até dia 29, «o PCP irá propor na Assembleia Legislativa da Madeira que seja criado um memorial aos resistentes antifascistas na Madeira», bem como a abertura de um Centro Documental, no Funchal, sobre a repressão fascista nesta região».



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