Dois mil pela remoção dos resíduos perigosos de São Pedro da Cova

AMBIENTE Mais de dois mil estudantes das escolas de São Pedro da Cova, acompanhados por docentes e não docentes, participaram, sexta-feira, num «Cordão Humano pelo Ambiente».

O problema remonta a 2001/2002

O protesto foi promovido em parceria com a Junta de Freguesia de Fânzeres e São Pedro da Cova. No mesmo dia, fonte do Ministério do Ambiente e Acção Climática indicou que a empreitada pode avançar no início do próximo ano, estando «desbloqueada pelo tribunal».

O problema remonta a 2001/2002, quando toneladas de resíduos industriais perigosos provenientes da Siderurgia Nacional, que laborou entre 1976 e 1996 na Maia (Porto), foram depositadas nas escombreiras das minas de carvão de São Pedro da Cova.

A remoção de resíduos começou em Outubro de 2014, mais de 10 anos depois, tendo terminado em Maio do ano seguinte, com a retirada de 105 600 toneladas. No entanto, ficaram para uma segunda fase de remoção mais 125 toneladas de resíduos.

O Ministério do Ambiente, através do Fundo Ambiental, alocou 12 milhões de euros para a remoção total e o concurso registou sete candidatos, mas esbarrou numa ação que deu entrada no TAF de Braga.

Paralelamente, decorreu também no Tribunal de São João Novo, no Porto, um processo crime sobre o apuramento de responsabilidades e a 10 de Abril o coletivo de juízes que julgou o caso absolveu seis pessoas que o Ministério Público acusou pela deposição de resíduos perigosos nas antigas minas, mas quer a União de Freguesias, quer outros intervenientes no processo, anunciaram que iam recorrer da decisão.

Neste processo, uma das parcelas de terreno foi entregue, por decisão do tribunal, a um dos proprietários, logo não está na alçada da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte como as restantes.

 



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