Tratado de Proibição das Armas Nucleares

A re­co­men­dação pro­posta pelo PCP para que o Go­verno ra­ti­fique o Tra­tado de Proi­bição de Armas Nu­cle­ares, adop­tado pela Or­ga­ni­zação das Na­ções Unidas em 2017, foi re­jei­tada em vo­tação re­a­li­zada dia 5 no Par­la­mento por PS, PSD e CDS.

Textos com idên­tico ob­jec­tivo do PEV, BE e PAN ti­veram igual des­fecho. Jun­ta­mente com os pro­jectos de re­so­lução, no de­bate re­a­li­zado dia 2, es­teve uma pe­tição di­na­mi­zada pelo Con­selho Por­tu­guês para a Paz e Co­o­pe­ração que dera en­trada na AR há cerca de um ano com mais de 13 mil as­si­na­turas.

Pe­ti­ci­o­ná­rios, al­guns deles pre­sentes nas ga­le­rias do he­mi­ciclo, a quem o de­pu­tado co­mu­nista An­tónio Fi­lipe saudou su­bli­nhando que a sua ban­cada con­corda «in­tei­ra­mente» com a pre­tensão ma­ni­fes­tada, por en­tender que a «ra­ti­fi­cação por Por­tugal desta Con­venção das Na­ções Unidas é da maior im­por­tância».

Lem­brou que o nosso País, até por im­pe­ra­tivo cons­ti­tu­ci­onal, «deve estar na pri­meira linha re­la­ti­va­mente à ra­ti­fi­cação de ini­ci­a­tivas como esta, que visa a pre­ser­vação da paz mun­dial». O de­pu­tado do PCP con­si­derou que a «pro­li­fe­ração nu­clear é uma ameaça fun­da­mental à paz no pla­neta», re­al­çando, por isso, que esta «ex­pres­siva to­mada de po­sição das Na­ções Unidas pela dis­su­asão nu­clear e pela eli­mi­nação das armas nu­cle­ares à es­cala global, to­mada em 2017, é algo que deve me­recer todo o apoio da hu­ma­ni­dade e, do Es­tado por­tu­guês, uma po­sição inequí­voca».

O PS, pela voz de Lara Mar­tinho, in­vocou o «con­texto in­ter­na­ci­onal cada vez mais com­plexo» para jus­ti­ficar a sua dis­cor­dância com o teor das re­so­lu­ções, ale­gando que o «ob­jec­tivo é ir­re­a­lista» e que o ca­minho de­verá ser o da «gra­dual re­dução das armas nu­cle­ares».

Em sen­tido idên­tico se pro­nun­ciou José Ce­sário (PSD), ar­gu­men­tando também com a «com­ple­xi­dade es­tra­té­gica da questão», que «não se com­pa­dece com pressas», e de­fen­dendo que o «mo­mento» não é para «afirmar a eli­mi­nação das armas», mas para «evitar a sua pro­li­fe­ração».




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