O líder da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Kim Jong-un, considerou o seu encontro com o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, uma «mostra da vontade de avançar para um novo futuro». Em sua opinião, com este gesto, o dirigente norte-americano ilustrou a sua «determinação em deixar para trás um passado marcado por fortes diferenças», informou a Prensa Latina de Seul.

Trump, do seu lado, disse estar orgulhoso e assegurou que foi uma honra cruzar juntamente com Kim a linha divisória das duas coreias, na zona desmilitarizada, e dar uns passos em território norte-coreano. Convidou Kim a visitar a Casa Branca. O dirigente norte-coreano disse que seria uma «grande honra» se Trump visitasse Pyongyang.

Depois de participar em Osaka, no Japão, na cimeira do G-20, o presidente dos EUA deslocou-se à Coreia do Sul e, no domingo, 30, à zona fronteiriça de Panmunjon, onde se avistou com Kim, num encontro não anunciado antecipadamente. Ali, na Casa da Paz, no lado sul, Trump e Kim, a que se juntou o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, realizaram uma reunião à porta fechada.

O presidente dos EUA anunciou depois que uma equipa liderada pelo seu secretário de Estado, Mike Pompeo, vai em breve reiniciar negociações com os norte-coreanos sobre a desnuclearização da península. Disse que há muitas questões difíceis por resolver mas mostrou-se confiante em que a nova ronda de consultas possa superá-las.

Depois dos avanços em 2018, o processo de desnuclearização da península da Coreia chegou a um impasse na cimeira de Hanói, a segunda entre Kim e Trump, após EUA terem exigido cedências de Pyongyang e recusado levantar as sanções económicas, mesmo parcialmente, contra os norte-coreanos.

Grande parte da comunidade internacional opõe-se à imposição unilateral de sanções e, no caso da RPDC, elas apenas atrasaram as conversações com Seul e Washington visando concretizar a via diplomática para a desnuclearização, a paz duradoura e o desenvolvimento da península.

A reunião em Panmunjon foi o terceiro encontro entre Kim e Trump em pouco mais de um ano, quatro meses depois da reunião, celebrada em Hanói, em finais de Fevereiro. Antes, em Junho de 2018, realizou-se a primeira cimeira, em Singapura.