Vitória sobre o nazi-fascismo festejada em Lisboa

PAZ O 74.º aniversário da vitória da URSS e aliados sobre o nazi-fascismo na Europa foi celebrado com o desfile do «Regimento Imortal» e uma festa popular na Alameda D. Afonso Henriques.

A festa da paz não diferenciou origens nacionais

A 3.ª Festa da Vitória e da Paz, iniciativa das associações Iúri Gagárin e Chance+, teve lugar no domingo, dia 5.

Pouco depois das 12 horas, partiu do Areeiro o desfile do «Regimento Imortal», com a participação de mais de um milhar de pessoas. Nesta iniciativa popular, cujas origens remontam às primeiras comemorações do Dia da Vitória na União Soviética, os participantes desfilam com fotografias de familiares que deram a vida pela paz e a liberdade na Grande Guerra Pátria, como era designada na URSS e continua a ser hoje nos países que a constituíam. Alguns portugueses desfilaram com fotos de combatentes cujos familiares não puderam comparecer.

Pelo caminho, até junto da Fonte Luminosa, foram gritadas palavras de ordem como «Guerra nunca mais» e «Fascismo nunca mais», em português e em russo, bem como vibrantes «Urra!».

À chegada ao espaço da festa, o «Regimento Imortal» foi recebido com «A Despedida da Slavianka», uma popular canção dos tempos da guerra, executada pela banda filarmónica da Academia Sons & Harmonia.

No acto solene que se seguiu, foi lembrado o horror da guerra mais destruidora que a Europa conheceu. A par da homenagem aos heróis antifascistas e libertadores, vencedores há 74 anos, foi afirmada a determinação de continuar a fazer tudo para que não se perca a memória da guerra e não se repita jamais semelhante tragédia.

Entre outros, usaram da palavra representantes do Conselho dos Compatriotas Russos na Europa, da União dos Resistentes Antifascistas Portugueses e da Associação Ruído (pela Plataforma pela Paz e o Desarmamento). Prestou depoimento uma «criança da guerra», nascida em 1938, em Khabarovsk.

Estiveram patentes exposições de fotografias, uma delas evocando os 75 anos do fim do cerco de Leninegrado.

Ao longo da tarde, o palco recebeu quatro dezenas de actuações de música, poesia e dança, especialmente de crianças, com exibições preparadas em associações de imigrantes que mantêm escolas onde se ensina a língua, a história e a cultura dos países de origem. Actuou igualmente o grupo coral alentejano «Unidos do Lavradio».

A tarde de convívio incluiu a degustação de gastronomia e a distribuição das «papas de soldado», prato que simboliza as dificuldades sofridas em tempo de guerra, mas também a perseverança dos soldados na defesa da sua pátria e da liberdade.

Juntando portugueses, russos, ucranianos, moldavos e muitas pessoas de famílias com mais que uma nacionalidade, esta iniciativa comprovou ser um marcante momento de confraternização e de estímulo a um maior entrelaçamento entre comunidades imigrantes e destas com a população portuguesa – como assinala a Associação Gagárin, nas notícias divulgadas sobre o evento.

 



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