CDU é o voto contra a submissão nacional
O Secretário-geral do PCP participou, ao final da tarde do dia 3, numa sessão pública em Coimbra, na Praça 8 de Maio. Com ele estiveram, entre outros, Vladimiro Vale, da Comissão Política do Comité Central do Partido, e Isabel Souto, que integra a lista da CDU ao Parlamento Europeu.
Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa começou por considerar a CDU como uma «força que conta e decide a favor dos trabalhadores e do povo e que não prescinde de intervir pela solução dos problemas nacionais». A prová-lo está, garante, os avanços alcançados nos últimos anos, só possíveis graças à intervenção do PCP e do PEV e muitos dos quais concretizados apesar da resistência e mesmo oposição do PS e do seu Governo minoritário. A coligação que une comunistas, ecologistas e democratas e patriotas sem partido transporta, acrescentou, um «caudal imenso de esperança de que é possível uma vida melhor num Portugal de soberania, justiça e progresso».
O dirigente comunista salientou que, apesar de importantes direitos que foi possível repor e conquistar, persistem na sociedade portuguesa graves problemas, desde logo os baixos salários e a injusta repartição da riqueza. Da parte das forças que integram a CDU, o compromisso é, como até aqui, pugnar pelo aumento geral dos salários e, particularmente, por um «aumento significativo do Salário Mínimo Nacional». Valorizar o trabalho, combater a precariedade e as desigualdades, são exigências colocadas pelo «presente e o futuro», garantiu.
Nas eleições para o Parlamento Europeu, reafirmou Jerónimo de Sousa, há importantes opções a tomar: afirmar corajosamente o direito do País ao seu desenvolvimento ou aceitar a submissão? Afirmar a soberania nacional, «condição para uma alternativa progressista» ou permitir o aprofundamento do projecto supranacional de domínio económico e político?. De um lado está a CDU, e só ela. Do outro estão PS, PSD e CDS, que estão unidos «no que é essencial», por mais que tentem mostrar diferenças significativas entre eles.