Campanha de esclarecimento de massas depende essencialmente de nós
Na passada sexta-feira, João Ferreira esteve em acções de pré-campanha no distrito de Lisboa.
Manhã cedo, o cabeça-de-lista da CDU às eleições para o Parlamento Europeu contactou com trabalhadores da EDP à porta da sede. No final, em declaração pública, insistiu que a liberalização do sector eléctrico, determinada pela UE e cumprida com zelo por PS, PSD e CDS, foi boa para os accionistas mas péssima para os trabalhadores e os consumidores.
Os primeiros, porque vêem degradar-se acentuadamente os seus salários e direitos; os segundos porque estão confrontados com uma empresa que já não gera lucros para o Estado nem dá prioridade aos investimentos estratégicos de que Portugal carece. Daí que João Ferreira tenha sublinhado a proposta do PCP de retomar o controlo público da EDP e colocá-la ao serviço do povo e do País, e não dos especuladores.
Ao final da tarde João Ferreira contactou população e comerciantes no centro da Parede, concelho de Cascais, acompanhado por cerca de meia centena de activistas da CDU, bem como pela também candidata Alma Rivera (que antes esteve com pescadores em Cascais, descontentes com a degradação das condições na lota, e com utentes da Linha de Cascais, a quem realçou a importância da conquista do passe intermodal para todo o distrito, todos os operadores e a um preço verdadeiramente social).
No final, o primeiro candidato da CDU apelou à construção de uma campanha de esclarecimento de massas com os nossos próprios meios e empenho, já que, contrariamente ao que faz com outros candidatos, a comunicação social prima pela ausência nas acções da CDU.
A terminar a jornada, João Ferreira jantou com profissionais do sector do táxi, muitos dos quais sem filiação partidária, mas que ali estiveram, como salientaram Carlos Ramos e Carlos Silva, da Federação Portuguesa do Táxi, e um empresário da zona do Algarve que se deslocou propositadamente a Lisboa, para, de viva voz, manifestarem o seu apoio à força que esteve invariavelmente ao seu lado em defesa do sector e contra a voracidade das multinacionais, beneficiadas pelo Governo.
João Ferreira assegurou, por seu lado, que a luta do sector do táxi vai continuar a merecer dos comunistas e dos ecologistas toda a atenção onde quer que a CDU tenha eleitos, sendo certo que as razões e acção reivindicativa daqueles profissionais ganharão mais eco quanto mais eleitos tiver a coligação PCP-PEV, e expressou a necessidade, também aqui, de que o papel, coerência e intervenção do PCP nesta matéria não fique entre aquelas quatro paredes.