Interpelação do PCP ao Governo sobre a política de saúde

É preciso fazer mais...

A ministra da Saúde não deixou de ignorar «o que não corre bem» no SNS (os tempos de espera para consultas, por exemplo) e disse estar consciente do trabalho que tem pela frente. «Temos uma luta sem tréguas pela melhoria do cumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos no SNS, pela melhoria da eficiência e pela melhoria da gestão e esta é, seguramente, a melhor forma de proteger os mais frágeis», afirmou Marta Temido que, no final, aclarando a relação entre sector público e privado, declarou estar apostada no «reforço do SNS», da sua «capacidade», «maximização da internalização e dos respectivos meios», asseverando ainda que o «recurso a outros prestadores é supletivo». A «prioridade» são as pessoas e será nestas que estarão «centradas» as políticas de saúde, «as pessoas que fazem o SNS, os seus recursos humanos, e as pessoas que justificam a existência do SNS, os seus utentes», garantiu a titular da pasta da Saúde. Pena é que tenha sido vaga no que toca à valorização dos trabalhadores, designadamente ao nível da contratação e das carreiras, matéria em relação à qual pouco adiantou, ficando-se por uma declaração de intenções quanto a «pensar em outras carreiras para o SNS», num «melhor enquadramento para profissionais técnicos de diagnóstico».

Em registo idêntico se pronunciara já o deputado do PS António Sales, que, se por um lado disse que «não podemos voltar atrás», por outro afirmou, aludindo às reivindicações dos trabalhadores da saúde, sem especificar nenhum grupo profissional em concreto, que «não é possível satisfazer de imediato, por mais justas, que sejam».




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