«Sinto imenso orgulho de ser parte do nosso heróico, valente e firme povo. Um povo assim merece sempre a vitória. Que tremenda homenagem aos pais da nação, a José Martí, Fidel Castro e Raúl Castro. Vencemos e vamos para diante», escreveu o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, na sua conta da rede social Twitter.

Seis milhões, 816 mil e 169 cubanos ratificaram a nova lei fundamental cubana, número que representa 86,8% dos que exerceram o seu direito de voto (sete milhões, 848 mil e 343) e 73,3% dos eleitores inscritos em Cuba (nove milhões, 298 mil e 277), informa a Prensa Latina.

Votaram pelo Não 706 mil e 400 pessoas, nove por cento dos que foram às urnas e 7,6% do total de eleitores, revelou a Comissão Eleitoral Nacional.

O povo cubano foi convocado a exercer o seu direito de voto livre, directo e secreto para pronunciar-se sobre a Constituição, aprovada em Dezembro pela Assembleia Nacional do Poder Popular, o parlamento cubano, no quadro de um participado processo democrático de debate.

A Constituição, que substituirá a vigente desde 1976, consagra a opção pelo socialismo em Cuba e o papel dirigente do Partido Comunista na sociedade. Estabelece mudanças na estrutura do Estado, entre elas a criação dos cargos de presidente e vice-presidente da República e de primeiro-ministro, em substituição do actual presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros.

A nova Constituição de Cuba, uma vez proclamada, entrará em vigor a partir da sua publicação na Gazeta Oficial da República.

Felicitações a Cuba

Dirigentes de países, partidos e organizações progressistas de todo o mundo felicitaram Cuba pelo êxito do referendo e pela ampla participação popular na aprovação da Constituição.

Destaque para a mensagem enviada pelo presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro: «Felicitamos o heróico povo cubano, o nosso irmão Miguel Díaz-Canel e o general do Exército Raúl Castro pela histórica jornada eleitoral que marcará o rumo de novas vitórias da Revolução Cubana».

Na sua resposta, Díaz-Canel enalteceu a resistência do povo venezuelano face às agressões externas visando promover a «mudança de regime» na Venezuela, o derrube do governo lergítimo de Maduro e a desmoralização da Revolução Bolivariana.