Concerto no Porto em defesa da paz

CUL­TURA No dia 5, sá­bado, 700 pes­soas as­sis­tiram a um mag­ní­fico «Con­certo pela Paz», no Te­atro Ri­voli. Pú­blico e ar­tistas dis­seram «não» às agres­sões e vi­o­lên­cias que põem em causa o di­reito dos povos à fe­li­ci­dade e à paz.

Pela paz, todos não somos de­mais

O es­pec­tá­culo – com grande adesão e de ele­vada qua­li­dade mu­sical – foi or­ga­ni­zado pelo Con­selho Por­tu­guês para a Paz e Co­o­pe­ração (CPPC), com o apoio da Câ­mara Mu­ni­cipal do Porto, do Te­atro Ri­voli e das vá­rias or­ga­ni­za­ções e ar­tistas que so­li­da­ri­a­mente acei­taram par­ti­cipar.

Pelo palco do Ri­voli passou a Or­questra Ju­venil de Bon­jóia, o Bando dos Gam­bo­zinos, o Bal­le­te­atro, o quar­teto de sa­xo­fones da Aca­demia de Mú­sica de Costa Ca­bral e o quar­teto «Room 204» da Es­cola Su­pe­rior de Mú­sica e Artes do Es­pec­tá­culo do Porto. A apre­sen­tação do «Con­certo pela Paz», bem como do mo­mento de po­esia, foi da res­pon­sa­bi­li­dade de Clara Godin e João Tar­rafa.

Du­rante a in­ter­venção de Ilda Fi­guei­redo, pre­si­dente da Di­recção Na­ci­onal (DN) do CPPC, cen­tenas de pes­soas er­gueram as suas vozes em unís­sono a pro­clamar «Paz sim! Guerra não!».

A ini­ci­a­tiva «re­a­liza-se num con­texto par­ti­cu­lar­mente com­plexo no plano in­ter­na­ci­onal, com graves con­flitos e ame­aças à paz, com mi­lhares de mi­lhões de euros usados para a guerra, pro­vo­cando o so­fri­mento de povos, a morte, a des­truição de bens e países, o drama dos re­fu­gi­ados, vi­timas das po­lí­ticas in­justas e agres­sivas», afirmou a di­ri­gente do CPPC.

De «todos os amantes da paz» exige-se «uma re­do­brada atenção e em­penho na de­fesa da jus­tiça, da li­ber­dade, da de­mo­cracia e da paz, de acordo com os va­lores de Abril», apelou Ilda Fi­guei­redo, lem­brando que em 2019 co­me­mora-se os 45 anos do 25 de Abril, «marco fun­da­mental da his­tória re­cente por­tu­guesa», que «pôs fim a 13 anos de guerra co­lo­nial e a 48 anos de fas­cismo».

Apelo à paz
A pre­si­dente do CPPC re­cordou, de se­guida, que no «Apelo à de­fesa da paz», apro­vado em Ou­tubro no En­contro da Paz, em Loures, propõe-se con­tri­buir para o «re­forço do mo­vi­mento da paz em Por­tugal, a lutar contra a guerra e o mi­li­ta­rismo, a de­sen­volver ac­ções de so­li­da­ri­e­dade e co­o­pe­ração com os povos de todo o mundo, a pro­mover a edu­cação para a paz e a cul­tura da paz».

«Em vez de con­flitos ar­mados, guerras, in­ge­rên­cias, novos co­lo­ni­a­lismos e cor­rida aos ar­ma­mentos» re­clama-se «uma ordem in­ter­na­ci­onal capaz de as­se­gurar a jus­tiça nas re­la­ções entre os povos, na de­fesa da eman­ci­pação e pro­gresso da hu­ma­ni­dade, com paz e pro­gresso so­cial», acen­tuou, fri­sando: «Pela paz, todos não somos de­mais».

Antes do con­certo, no átrio do Ri­voli, foi inau­gu­rada uma ex­po­sição de de­se­nhos e pin­turas sobre a paz, de alunos de es­colas do Porto.

 



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