A três meses da data da saída do Reino Unido da União Europeia, prevista para 29 de Março de 2019, o processo continua marcado pela incerteza.

O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, na oposição, anunciou que vai apresentar uma moção de censura contra a primeira-ministra Theresa May. O objectivo é tentar forçar a antecipação da votação, na Câmara dos Comuns, sobre o acordo negociado entre o governo de Londres e Bruxelas, que regula o processo de saída. May tinha anunciado que a votação, precedida de debate, se faria na semana que começa a 14 de Janeiro do próximo ano. Corbyn pretende que o parlamento se pronuncie antes do Natal.

A primeira-ministra já antes tinha decidido adiar uma votação sobre o acordo de saída, depois de numerosos deputados, incluindo do Partido Conservador, terem feito saber que votariam contra o convénio.

May justificou o adiamento da votação com a necessidade de conseguir mais «garantias» políticas da União Europeia, mas Bruxelas voltou a afirmar que não renegociará o acordo de saída estabelecido com Londres.