A 24.ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP 24) terminou no sábado, 15, em Katowice, na Polónia, após duas semanas de debates. Aprovou instruções para cumprir o Acordo de Paris de 2015 mas sem novos compromissos na luta contra o aquecimento global e as alterações climáticas.

O manual de instruções fixa as modalidades a seguir a nível nacional e estabelece um acordo flexível para os países em desenvolvimento.

Cientistas do Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas fizeram recentemente soar o alarme ao estimar que, num mundo com mais 2°C, objetivo mínimo do pacto climático assinado em Paris, os impactos serão bastante mais importantes que num mundo com 1,5°C, limite ideal do acordo.

Sublinharam que, para permanecer abaixo dos 1,5°C, seria necessário reduzir as emissões de CO2 em cerca de 50% até 2030 em relação a 2010. Os compromissos atuais dos estados significam, segundo os cientistas, um mundo 3°C mais quente.

Perante o alerta, muitas delegações, especialmente de ilhas vulneráveis, esperavam que os países reforçassem agora os seus compromissos de redução de gases de efeito estufa até 2020. Mas, na COP 24, os delegados empenharam-se em definir as regras que permitirão a implementação do Acordo de Paris.