Acções hoje na hotelaria e turismo antes de ir para a manifestação

CON­CENTRAÇÕES Tra­ba­lha­dores da ho­te­laria, ali­men­tação e tu­rismo re­a­lizam hoje pro­testos sec­to­riais, em quatro lo­cais, an­te­ce­dendo a in­te­gração na ma­ni­fes­tação na­ci­onal às 15 horas.

São exi­gidos me­lhores sa­lá­rios e res­peito pelos di­reitos

A Fe­saht/​CGTP-IN e os sin­di­catos dos sec­tores da agri­cul­tura, ali­men­tação, be­bidas, ho­te­laria e tu­rismo de­ci­diram re­a­lizar hoje estas quatro con­cen­tra­ções, fo­cadas em ob­jec­tivos que têm mo­bi­li­zado im­por­tantes ac­ções nos úl­timos meses.

Pelas 9h30, tra­ba­lha­dores dos prin­ci­pais ho­téis de Lisboa vão reunir-se junto ao Pa­vi­lhão Carlos Lopes, no Parque Edu­ardo VII, onde de­corre o 30.º Con­gresso da As­so­ci­ação da Ho­te­laria de Por­tugal (AHP).

«Nos úl­timos anos, o sector do tu­rismo tem vindo a re­gistar su­ces­sivos re­cordes, tanto em nú­mero de tu­ristas como em pro­veitos», mas os mais de 300 mil tra­ba­lha­dores «viram di­mi­nuído o seu sa­lário», ex­plicou an­te­ontem o Sin­di­cato da Ho­te­laria e Tu­rismo do Sul, ao anun­ciar o pro­testo, con­vo­cando também uma con­fe­rência de im­prensa para as 10 horas.

As perdas, re­fere o sin­di­cato, ocor­reram por via do blo­que­a­mento da con­tra­tação co­lec­tiva, que im­pede a ac­tu­a­li­zação das ta­belas sa­la­riais. No caso da AHP, esta «tem boi­co­tado as ne­go­ci­a­ções do Con­trato Co­lec­tivo de Tra­balho dos ho­téis há mais de 10 anos» e «pro­move a pre­ca­ri­e­dade».

O valor dos sa­lá­rios re­duziu-se também por ou­tros mo­tivos, des­ta­cando o sin­di­cato dois:
– a di­mi­nuição do pa­ga­mento do tra­balho su­ple­mentar, através da im­po­sição da des­re­gu­lação dos ho­rá­rios de tra­balho;
– a ge­ne­ra­li­zação da pre­ca­ri­e­dade, de­vido ao au­mento do tra­balho tem­po­rário e do re­curso abu­sivo aos con­tratos a termo e a es­ta­giá­rios.

A re­cusa de ne­go­ci­ação da con­tra­tação co­lec­tiva tem ainda «ou­tras con­sequên­cias gra­vosas para as con­di­ções de tra­balho e para a vida dos tra­ba­lha­dores deste sector», res­salva o sin­di­cato.

Junto da sede da Apapol (Ali­ança Pa­ni­fi­ca­dora de Algés, Paço de Arcos e Oeiras), no Mer­cado de Algés, onde de­corre um pro­testo do pes­soal da em­presa, em greve, vão também con­cen­trar-se, a partir das 10 horas, ou­tros tra­ba­lha­dores dos sec­tores de ali­men­tação, be­bidas e ta­bacos.

Às 13 horas, junto ao Hos­pital Júlio de Matos (Parque de Saúde de Lisboa), ma­ni­festam-se tra­ba­lha­dores das can­tinas e re­fei­tó­rios do SUCH (Ser­viço de Uti­li­zação Comum dos Hos­pi­tais, que tem ali a sua sede), em de­fesa de au­mentos sa­la­riais e do Acordo de Em­presa.

Tra­ba­lha­dores do sector das can­tinas, áreas de ser­viço e bares con­ces­si­o­nados, vindos do Norte e do Centro, vão estar às 14 horas frente à sede da as­so­ci­ação pa­tronal Ah­resp (Av. Duque de Ávila, 75), numa acção pú­blica que se in­tegra na luta por au­mentos sa­la­riais, pela de­fesa dos di­reitos dos tra­ba­lha­dores e pela ne­go­ci­ação do con­trato co­lec­tivo de tra­balho deste sub-sector, que se en­contra blo­queado há sete anos.



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