Barraqueiro pára a 19 por aumentos

A Fe­de­ração dos Sin­di­catos de Trans­portes e Co­mu­ni­ca­ções (Fec­trans/​CGTP-IN) e o seu sin­di­cato nos trans­portes ro­do­viá­rios (STRUP) con­vo­caram para dia 19 uma greve de 24 horas em nove em­presas do Grupo Bar­ra­queiro, para su­portar a luta dos tra­ba­lha­dores pelo au­mento dos sa­lá­rios.

Num co­mu­ni­cado que di­vul­garam na se­gunda-feira, dia 8, a fe­de­ração e o sin­di­cato re­ferem o re­sul­tado já ob­tido nas em­presas se­di­adas no Al­garve (EVA Trans­portes, Pró­ximo, Frota Azul e Trans­lagos), de­fen­dendo «o mesmo tra­ta­mento em todas as em­presas do grupo».

Os pré-avisos de greve, en­tre­gues no dia 3, in­cluem a Bar­ra­queiro Trans­portes (Boa Vi­agem, Ma­frense, Es­tre­ma­dura, Bar­ra­queiro Oeste, Bar­ra­queiro Alu­gueres), a JJ Santo An­tónio, a Isi­doro Du­arte, a Ro­do­viária de Lisboa e a Ro­do­viária do Alen­tejo. «É uma luta que en­volve mais de dois mil tra­ba­lha­dores que, com a sua uni­dade e de­ter­mi­nação, terão a força ne­ces­sária para al­can­çarem os seus ob­jec­tivos rei­vin­di­ca­tivos», afirma a Fec­trans, co­lo­cando «na mão do pa­trão» a so­lução do con­flito la­boral e de­cla­rando dis­po­ni­bi­li­dade para reunir e ne­go­ciar «a qual­quer mo­mento».

Como «duas opor­tu­ni­dades para os re­pre­sen­tantes do pa­trão darem o seu con­tri­buto» foram ci­tadas as reu­niões de con­ci­li­ação na DGERT (Mi­nis­tério do Tra­balho), na terça-feira, dia 9, e na pró­xima se­gunda-feira, dia 15. «Mas para isso é pre­ciso que os tra­ba­lha­dores se mo­bi­lizem com de­ter­mi­nação para a greve de 19 de Ou­tubro», aler­taram a Fec­trans e o STRUP.

A greve chegou a estar mar­cada para 28 de Se­tembro, em con­junto com uma jor­nada do pes­soal das em­presas li­gadas à EVA. O acordo nestas e «uma linha de chan­tagem e pressão em torno da le­ga­li­dade do pré-aviso na Ro­do­viária de Lisboa» foram os mo­tivos que jus­ti­fi­caram «re­or­ga­nizar a luta».

A 27 de Se­tembro, a Fec­trans e o STRUP re­gis­taram a dis­po­ni­bi­li­dade do pre­si­dente do Grupo Bar­ra­queiro para dis­cutir com os re­pre­sen­tantes sin­di­cais as re­la­ções de tra­balho nas suas em­presas, adi­an­tando que, «se em tempo opor­tuno se re­a­lizar a reu­nião, não dei­xa­remos de reunir com os tra­ba­lha­dores, ava­liar os re­sul­tados e de­cidir».

No en­tanto, adi­an­taram, «dei­xamos já mar­cado o dia 19, como dia de luta, porque os tra­ba­lha­dores querem res­postas rá­pidas».

 



Mais artigos de: Trabalhadores

Enfermeiros em greve exigem proposta segundo compromissos

LUTA Os seis dias de greve, con­vo­cados pelo SEP/​CGTP-IN e ou­tros três sin­di­catos, co­me­çaram ontem com ele­vada adesão. Hoje há con­cen­tra­ções re­gi­o­nais e, no dia 19, uma ma­ni­fes­tação na­ci­onal frente ao Mi­nis­tério.

Greve na IP para valorizar salários e harmonizar direitos

LUTA um mês que os sin­di­catos apre­sen­taram à ad­mi­nis­tração da Infra-es­tru­turas de Por­tugal (IP) as suas con­di­ções ge­rais para fi­na­lizar as ne­go­ci­a­ções do Acordo Co­lec­tivo de Tra­balho.

Concentração e greve na Cerealis

Trabalhadores da Cerealis concentraram-se ontem de manhã à porta da fábrica da Maia do grupo de produção de massas e cereais que tem ainda unidades na Trofa, Coimbra e Lisboa. No portão estava colocada uma faixa com os motivos da luta: «Por aumentos salariais. Contra a discriminação no aumento...

Chantagem falhou na Pietec das «rolhas urgentes»

Dos 41 trabalhadores da Pietec ameaçados de despedimento, 38 resistiram à pressão para aceitarem a laboração contínua, como foi revelado esta segunda-feira, dia 8. Depois de vários dias de greves e concentrações à porta da fábrica, em Santa Maria da Feira, os trabalhadores e o Sindicato dos...