Os detidos, todos homens entre os 20 e 30 anos, pertencentes aos círculos dos skinheads, hooligans e neonazis, pretendiam «derrubar a ordem democrática e constitucional» e tinham objectivos precisos, informou a procuradoria-geral alemã, citada a partir de Berlim pela agência Prensa Latina.

Para os investigadores, entre os planos do grupo figuravam «ataques armados a estrangeiros e dissidentes políticos» e acções contra «membros de partidos políticos e destacadas personalidades sociais».

Seis dos extremistas foram capturados numa operação com a intervenção de 100 agentes da segurança dos estados federais da Baviera e Saxónia, onde se localiza Chemnitz. Um sétimo membro do bando, de 31 anos, já tinha sido detido em meados de Setembro, explicou o ministério público alemão.

No mês passado, cinco dos agora detidos protagonizaram ataques a estrangeiros com garrafas e uma pistola eléctrica, num alegado «ensaio» da conspiração a concretizar a 3 de Outubro, Dia da Unidade Alemã.

Em finais de Agosto, tiveram lugar na cidade de Chemnitz, na parte oriental da Alemanha, uma série de incidentes xenófobos depois da morte de um jovem alemão de origem cubana, alegadamente às mãos de «estrangeiros». As autoridades germânicas consideram provável que o grupo terrorista desarticulado tenha tido alguma participação nos eventos.

Na sequência desses acontecimentos, líderes do partido ultra-direitista Alternativa para Alemanha (AfD) convocaram manifestações racistas, que geraram novas tensões na coligação da chanceler Angela Merkel.