De­zenas de mi­lhares de mi­grantes, a mai­oria pro­ce­dente de África, tentam todos os anos chegar às costas da Eu­ropa em frá­geis em­bar­ca­ções ou através das fron­teiras de Ceuta e Me­lilla, en­claves es­pa­nhóis no Norte de Mar­rocos.

Muitos deles alargam o seu iti­ne­rário ter­restre até ter­ri­tório mar­ro­quino e pro­curam cruzar dali para Es­panha, em vez de atra­vessar a pe­ri­gosa Líbia para em­barcar até Itália na trá­gica rota do Me­di­ter­râneo cen­tral.

De acordo com a Or­ga­ni­zação In­ter­na­ci­onal para as Mi­gra­ções (OIM), uma agência das Na­ções Unidas, os mi­grantes – ho­mens, mu­lheres e cri­anças – que tentam chegar até Es­panha são na sua maior parte de Mar­rocos, Ar­gélia, Guiné-Co­nakry, Costa do Marfim, Gâmbia e Síria.

Até 26 de Se­tembro, 35.859 pes­soas se­guiram a rota oci­dental (que liga Mar­rocos ou a Ar­gélia a Es­panha) do Me­di­ter­râneo, en­quanto 21.024 fi­zeram-no pela parte cen­tral do mar (entre a Líbia e a Itália), in­dicou a OIM no seu re­la­tório mais re­cente.

A Es­panha con­verteu-se em 2018 na pri­meira via de acesso de mi­grantes e re­fu­gi­ados por mar che­gados à Eu­ropa, à frente de Itália e Grécia, se­gundo os dados re­co­lhidos e di­vul­gados pela agência onu­sina com sede em Ge­nebra.

Um total de 81.207 mi­grantes chegou à Eu­ropa através do Me­di­ter­râneo entre 1 de Ja­neiro e 26 de Se­tembro de 2018, in­formou a OIM. Os prin­ci­pais des­tinos de en­trada para essas pes­soas, che­gadas este ano, são Es­panha (35.859), Grécia (23.180), Itália (21.024), Malta (714) e Chipre (430).