CDU quer «serviços máximos» na ligação entre Madeira e continente
PROPOSTA A CDU exige que após o cancelamento de ligações com o arquipélago da Madeira por motivos meteorológicos as companhias aéreas encontrem respostas imediatas aos passageiros.
Sempre que o aeroporto da Madeira encerra devido ao mau tempo gera-se o caos para os passageiros
Às situações extraordinárias devem corresponder sempre «respostas extraordinárias». É desta forma que a CDU/ Madeira fundamenta a sua proposta para garantir a «mobilização extraordinária de meios logísticos por parte das companhias aéreas» envolvidas nas ligações regulares entre o arquipélago e o continente sempre que o aeroporto do Funchal tenha estado encerrado por «comprovadas adversidades meteorológicas».
Apresentada por Edgar Silva (coordenador regional do PCP e membro do seu Comité Central), a medida consubstancia a exigência de «serviços máximos» para as ilhas, em caso de cancelamento de voos por causa do mau tempo. «Do mesmo modo que em casos de greve estão obrigadas a “serviços mínimos” para as ilhas, a concretização de “serviços máximos” depois da reabertura do aeroporto na Madeira deverá passar a ser um novo dever das companhias aéreas», acrescentou o dirigente comunista.
O objectivo da proposta é garantir uma resposta de mobilidade aos passageiros nas horas posteriores à reposição da operacionalidade aeroportuária. O Governo Regional teria no cumprimento destas obrigações por parte das companhias aéreas um papel determinante.
Caos frequente
Esta proposta pretende responder às «situações caóticas» criadas sempre que, por razões de ordem meteorológica, foram cancelados voos da Madeira ou para a Madeira ou quando estes foram direccionados para outros destinos. Em muitas destas situações os passageiros ficaram «completamente abandonados à sua sorte», recorda Edgar Silva, que fala em «preocupação» e «desespero» por parte de muitos destes passageiros.
Em grande parte dos casos, as companhias propõem-se a remarcar voos, ficando essa remarcação dependente de eventuais próximas vagas. Os passageiros ficam, assim, condicionados às vagas ordinárias do escalonamento regular de voos, normalmente para os dias seguintes. O dirigente comunista alerta para as «repercussões pessoais, laborais e socioeconómicas» destas supostas soluções.