Hospitais sem capacidade de resposta em Lisboa
LUSA
No Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, «450 mulheres que tiveram cancro da mama, há menos de cinco anos, estão em lista de espera», aguardando, há mais de 12 meses, para fazer uma mamografia ou uma ecografia, «quando se sabe que estão no período crítico de reincidência», denuncia a Plataforma Lisboa em Defesa do Serviço Nacional de Saúde, em nota de imprensa divulgada no passado dia 30. A «solução» avançada pela administração do IPO é recorrer ao sector privado da saúde.
Também o Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria (HSM) não tem capacidade de resposta para a falta de recursos clínicos. Segundo a plataforma, no HSM, desde o início de 2018, saíram 103 enfermeiros, tendo sido só contratados 49, provocando a redução de serviços e, certamente, da própria qualidade.
No documento, dá-se ainda conta de menos 12 vagas em neonatologia e três na pediatria no Hospital Amadora-Sintra. No INEM terão ficado 6700 pessoas em estado grave por atender, entre Janeiro e Março, por falta de viaturas e equipamentos.