Fim às portagens no distrito do Porto
INICIATIVA O PCP exige a eliminação das portagens nas autoestradas que servem o distrito do Porto e apresentou um projecto de resolução na Assembleia da República nesse sentido.
A introdução de portagens agravou as injustiças na região
O Projecto de Resolução foi divulgado publicamente nas ruas do Porto na manhã de segunda-feira, 9, pela deputada Diana Ferreira. Num documento que se encontra desde então em distribuição, o Partido reafirma aquela que é uma exigência de há anos: a eliminação das portagens na A28, A41/A42 e A29.
No folheto, e de forma mais desenvolvida no texto entregue na Assembleia da República, o PCP sustenta que a introdução de portagens nas antigas SCUT, em 2010, «constituiu um rude golpe no tecido económico da região e agravou as já difíceis condições de vida de todos aqueles que, sem alternativas, circulam por estas vias estruturantes». Quase oito anos passados, acrescenta o Partido, «perderam o Estado, a economia regional, os trabalhadores e a população em geral». Houve, porém, quem tenha saído a ganhar: os concessionários, que arrecadam sempre milhões, independentemente do tráfego.
Os comunistas concluem que a introdução de portagens nas antigas SCUT «tornou pior a mobilidade, aumentou as injustiças, fez disparar o encerramento de empresas e o desemprego, com consequências evidentes no agravamento da situação social, com o aumento da pobreza». Confirmou-se assim a validade dos alertas e das críticas feitas atempadamente pelo Partido, que previu os impactos que tal medida acarretaria.
É por todas estas razões que o PCP propõe uma vez mais a «rápida eliminação desta injustiça» através do Projecto de Resolução que será discutido no Parlamento ainda no mês de Abril. Assim se comprova, como também se lê no folheto em distribuição, que «as populações podem continuar a contar com o PCP contra as portagens nas ex-SCUT, pela justiça social, em defesa do direito à mobilidade e ao desenvolvimento regional».