Polícias registam disponibilidade no MAI
O Ministério da Administração Interna vai, até Abril, abrir concursos para promover 2299 elementos da PSP, anunciou no dia 7 a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) após uma reunião com o ministro.
O presidente da ASPP disse à agência Lusa que as promoções são referentes a 2017 e vão abranger as categorias de agentes, chefes e oficiais, sendo a maior fatia (1500) para o posto de agente principal.
Paulo Rodrigues informou ainda que o ministro comunicou que 3767 polícias vão ter as carreiras descongeladas, entre Março e Abril, e vão receber retroactivos desde Janeiro. Estes polícias são aqueles que reúnem condições para progredirem na posição remuneratória (sobretudo, agentes e sub-comissários).
Em relação ao efectivo da Polícia de Segurança Pública que pode progredir na carreira depois da contagem do tempo em que as progressões estiveram congeladas (entre 2011 e 2017), o ministro irá enviar aos sindicatos o número de polícias que estão nestas condições e os critérios a aplicar, adiantando Paulo Rodrigues que isto será tratado em nova reunião.
«O ministro mostrou disponibilidade para cumprir com o que está previsto no Orçamento do Estado de 2018», disse, recordando que a ASPP quer que para todos os polícias seja contado o tempo em que as carreiras estiveram congeladas, existindo algumas excepções, para quem foi promovido mais do que uma vez em cinco anos.
Defesa em silêncio
«Por parte do Ministério da Defesa, relativamente às associações profissionais [de militares], verificamos um ensurdecedor silêncio», protestou a Associação Nacional de Sargentos (ANS), num comunicado de dia 7, onde registou «atrasos, omissões, frustrações e necessárias reacções».
No dia 1, as organizações de profissionais das forças de segurança e de militares das Forças Armadas tinham assinalado que «até ao momento, não temos qualquer garantia de que o previsto no artigo 19.º da Lei do OE 2018 seja cumprido, nem temos qualquer garantia de que o Governo pretenda dar resposta positiva» ao pedido de integração destas associações num processo negocial sobre o descongelamento das progressões remuneratórias.
Além da ASPP/PSP e da ANS, a nota informativa sobre uma reunião de dirigentes realizada nesse dia foi subscrita pela APG/GNR (Associação dos Profissionais da Guarda), a AOFA (Associação de Oficiais das Forças Armadas), ANSG/GNR (Associação Nacional de Sargentos da Guarda ), Associação de Praças, SPP (Sindicato dos Profissionais de Polícia) e SIAP (Sindicato Independente dos Agentes de Polícia).
Sem resposta do primeiro-ministro à moção que entregaram a 20 de Fevereiro, estas organizações expressaram «muita preocupação» perante «o tratamento diferenciado que está a ser promovido pelo Governo», considerando que este, «com a falta de resposta objectiva, abrangente e atempada, poderá estar de forma indevida e muito irresponsável a empurrar estes profissionais para acções que os próprios não desejam».