Greves ao trabalho extra
Com a convocação formal de greves ao trabalho suplementar durante todo o ano de 2018, os sindicatos garantem condições legais para que haja resposta pronta a abusos patronais nesta matéria.
A Fiequimetal, tal como tem feito desde 2015, voltou a apresentar pré-avisos de greve ao trabalho suplementar e ao trabalho prestado em dia feriado que, por escala, seja dia normal de trabalho, nas indústrias metalúrgicas, químicas, eléctricas, farmacêutica, celulose, papel, gráfica, imprensa, energia e minas. Desta forma, explicou a federação da CGTP-IN, ao anunciar a medida, em empresas que não respeitem a contratação colectiva e valores mais favoráveis praticados usualmente, sempre que os trabalhadores e os seus sindicatos entendam necessário, será possível recorrer à greve a qualquer momento e pelo período que se mostre necessário, desde as zero horas de 1 de Janeiro e até às 24 horas de 31 de Dezembro de 2018.
Uma prevenção semelhante foi tomada na PT Portugal (Grupo Altice), abrangendo as empresas MEO, PT Cloud e Data Center, Altice Labs, PT ACS, Fundação Portugal Telecom, Portugal Telecom Data Center, PT Contact e PT Sales.
O pré-aviso de greve foi subscrito em conjunto pelos sindicatos Sinttav, STPP, Sindetelco, SNTCT, STT, Sinquadros e Sitese.
«É inaceitável que os trabalhadores continuem a trabalhar no horário pós-laboral e a gestão continue a recusar pagar esse trabalho como é justo e queira continuar a pagar metade e, pior ainda, aos trabalhadores da área comercial nem lhes quer pagar nada», afirma-se no comunicado que emitiram dia 27 de Dezembro.
O trabalho suplementar passou a ser remunerado nos termos inscritos na contratação colectiva desde 1 de Janeiro de 2015, quando terminaram os cortes permitidos por lei desde 1 de Agosto de 2012.