Ilhas gregas exigem condições para migrantes e populações
Habitantes de várias ilhas gregas protestaram, dia 5, em frente ao Ministério das Migrações, em Atenas, contra as condições cada vez mais precárias em que vivem os migrantes e refugiados.
Os presidentes das câmaras das ilhas de Lesbos, Chios e Samos, juntamente com dezenas de residentes, viajaram até ao continente para exigir ao governo medidas para reduzir a sobrelotação.
«Há um elevado número de pessoas a viver em condições desumanas, e ao mesmo tempo a coesão social está em perigo nas nossas ilhas», declarou o presidente da câmara de Lesbos, Spyros Galinos.
Em Lesbos, cerca de 6500 migrantes partilham instalações que têm uma lotação de apenas 2300. «Não há espaço, não há solução com esta política. Se não reagimos agora, o problema continuará a crescer. A dada altura, a bolha rebentará e as coisas ficarão completamente incontroláveis», disse Galinos.
As autoridades gregas têm vindo a transferir centenas de migrantes considerados mais vulneráveis para campos no continente, mas a chegada constante de mais pessoas tem mantido a pressão sobre as ilhas.
Michalis Angelopoulos, presidente da câmara da pequena ilha de Samos, cuja população permanente ronda as 6500 pessoas, descreveu a situação como “crítica”, dizendo que há 3172 migrantes ou refugiados na ilha, que possui instalações para apenas 800.