O que lhes mete medo é a luta
A propósito do centenário da Revolução de Outubro e do papel desempenhado pelo PCP na nova fase da política nacional está em curso uma ofensiva ideológica de grande envergadura contra o PCP.
O grande capital quer impedir que se conheça as conquistas de Outubro
Preocupado com a poderosa e multifacetada acção política do PCP, a sua força e combatividade, a sua crescente influência social e política, o grande capital encetou uma vasta ofensiva com poderosíssimos meios, recorrendo mais uma vez ao sótão das velharias anticomunistas. Do mais recente ataque ao PCP sobressai, pela violência que está a atingir, o ódio contra a Revolução de Outubro e suas fantásticas conquistas.
Para esta cruzada anticomunista está a mobilizar tudo e todos, nomeadamente os seus lacaios mais bem preparados, conhecidos como comentadores, que em tudo o que é órgão de comunicação social mentem, deturpam e tentam atrofiar as mentes dos portugueses. O seu objectivo é impedir que, nomeadamente as novas gerações, conheçam as conquistas da revolução de Outubro e o seu carácter revolucionário, transformador, histórico e universal.
A resposta está a ser dada pelo grande colectivo partidário em muitas centenas de iniciativas por todo o País para assinalar a Revolução de Outubro. Merece destaque o grande e combativo comício realizado no dia 7 de Novembro no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e continuará, estamos certos, a ser dada na sessão que terá lugar no dia 9 de Dezembro no Porto.
Acção ímpar do PCP
A direita não perdoa ao PCP por aquela noite eleitoral de 4 de Outubro de 2015. Quando o PS se preparava para deitar a toalha ao chão, o BE festejava algum avanço eleitoral e a direita se preparava para continuar a infernizar a vida dos portugueses, surgiu o PCP, preocupado com os trabalhadores, o povo e o País, a tornar público que o PS só não formaria governo se não quisesse. O que aconteceu depois é conhecido. E a direita, que ainda não se recompôs da derrota infligida pelo PCP e a luta dos trabalhadores, não perdoa tamanho atrevimento.
Ainda para mais eles sabem que a grande maioria da reposição e conquista de direitos já conseguida resultou de propostas do PCP, que constam do seu programa eleitoral apresentado ao povo português nas eleições de Outubro de 2015. E também sabem que essas mesmas propostas não constam do programa eleitoral do PS. O que significa que se o PS tivesse obtido a maioria absoluta nunca as teria viabilizado, antes lhe foram impostas pela força do PCP e pela luta dos trabalhadores. E são cada vez mais os portugueses que, vendo a sua vida a melhorar, mesmo de forma limitada, ganham consciência disto.
Dizem que não entendem, mas o que estão é preocupados com o facto de o PCP, ao mesmo tempo que valoriza tudo o que está a ser conseguido para melhorar a vida dos trabalhadores e do povo, afirme alto e bom som que o PS continua sem cortar as amarras que o liga há décadas aos interesses de classe dos banqueiros e outros grandes capitalistas. Mas já estão de acordo e até batem palmas por o PS e o seu Governo, naquilo que é estruturante para a vida do povo e do País, continuar fiel à política de direita realizada pelo trio PS, PSD, CDS.
Força transformadora
Mas o que os assusta profundamente e lhes tira o sono é a luta dos trabalhadores, das populações e de todos aqueles que de alguma forma são vítimas da exploração e opressão capitalistas. São as massas em movimento, com toda a sua força transformadora e a fantástica confiança que transmite e potencia em mais luta.
Foi o que aconteceu no sábado, 18, na grande manifestação em Lisboa, convocada pela CGTP-IN, onde muitos milhares que têm como única riqueza a sua força de trabalho fizeram ouvir as suas reivindicações e avisaram que vão continuar a lutar por elas. Pela valorização do trabalho e dos trabalhadores, por um salário digno, pelo direito ao trabalho, contra o aumento do horário de trabalho e pela sua redução, pela defesa das funções sociais do Estado.
Curiosamente, tudo direitos conquistados há 100 anos pelos operários e o povo russos e, posteriormente, por milhões de trabalhadores em todo o mundo, graças à Revolução de Outubro. E não haviam eles de estar raivosos e preocupados…
Que viva a Revolução de Outubro! Que viva a luta dos povos! Que viva o PCP!