Almoço na Soeiro Pereira Gomes evoca centenário de Outubro

Na véspera do comício que, anteontem, encheu por completo o Coliseu dos Recreios – e que constituiu um ponto alto do programa de comemorações do centenário da Revolução de Outubro – realizou-se na sede nacional do PCP um almoço em que participaram dezenas de dirigentes e funcionários da estrutura central do Partido e outros militantes.

A intervenção política ficou a cargo de Albano Nunes, da Comissão Central de Controlo, que sublinhou diversos aspectos da «epopeia que foi a construção do socialismo na União Soviética» e os avanços progressistas de dimensão mundial que lhe estão associados.

Realçando que «nenhum comunista português pode desconhecer ou subestimar» este exaltante processo revolucionário, Albano Nunes denunciou as violentas campanhas anticomunistas de revisionismo histórico que estão em curso. Também à entrada da última década do século XX, lembrou, «violentas campanhas sobre a “morte do comunismo” e o “declínio irreversível do PCP”» acompanharam o desaparecimento da União Soviética e do campo socialista. Já nessa altura, recordou, o PCP as enfrentou, com firmeza, graças às suas fundas raízes nas massas e na realidade portuguesa.

As análises produzidas no XIII Congresso (Extraordinário), ulteriormente desenvolvidas nos XIV e XVIII congressos sobre as causas e as consequências das trágicas derrotas do socialismo e sobre o projecto comunista, «resistiram à prova dos factos» e constituem motivo de orgulho do colectivo partidário, acrescentou.

Albano Nunes referiu-se ainda à luta de classes como «motor da História», sublinhando que «o avanço pelos caminhos da libertação faz-se através de uma implacável luta de classes» na qual nunca a classe dominante «recuou diante de nenhum crime para defender o seu poder»: assim foi com as revoltas dos escravos, crucificados aos milhares na Via Apia para que nenhum novo Spartacus voltasse a ameaçar o império romano; com a Comuna de Paris, afogada numa orgia de sangue para que o proletariado não voltasse a tentar o «assalto aos céus»; com a própria Revolução de Outubro, com Churchill a proclamar a necessidade de «matar o comunismo no berço», a que se seguiu a invasão nazi.




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