Os grandolenses têm memória e só a CDU tem projecto
VENCER Fazer uma campanha esclarecedora de massas e evidenciando a obra realizada pela CDU nas condições herdadas da gestão PS, foi a ideia-força deixada por Jerónimo de Sousa num jantar com candidatos e activistas do PCP-PEV, sexta-feira, 25, em Grândola.
O povo sabe, porque sente e vê, que Grândola está melhor
O jantar foi seguido de uma visita ao recinto da Feira de Agosto, durante a qual o Secretário-geral do Partido e o presidente da Câmara Municipal de Grândola (CMG) e recandidato a um novo mandato, António Figueira Mendes, não tiveram mãos a medir no acolhimento de saudações, abraços, palavras de incentivo e reconhecimento.
O povo sabe, porque sente e vê, que Grândola está melhor do que há quatro anos, facto que salta à vista na maior iniciativa anual do município – no cartaz de espectáculos, com oferta cultural o mais abrangente possível, e ainda nos agentes económicos presentes, que reconhecem ter agora melhores condições para singrar no concelho; nas naves de exposições requalificadas durante este mandato e no ambiente democrático, tolerante e esperançoso que se vive.
A este último aspecto (de importância central na vida colectiva e de acrescido simbolismo na «vila morena») referiu-se António Figueira Mendes na intervenção que fez depois do jantar no pavilhão-restaurante que o PCP mantém na Feira de Agosto, totalmente assegurado pela militância comunista.
Antes de António Figueira Mendes, Rafael Rodrigues, actual presidente e cabeça-de-lista à Assembleia Municipal, abordou igualmente o desanuviamento democrático em Grândola desde que a CDU voltou a conduzir os destinos do município. Lembrou nesse sentido o exercício do mandato em minoria sem colocar em causa o cumprimento do programa da coligação, a realização de assembleias descentralizadas permitindo a aproximação às populações, a sua participação e escrutínio, ou a criação de grupos de trabalho abertos para intervir em questões de relevante interesse para Grândola.
Coube porém a António Figueira Mendes desferir a constatação mais contundente, acusando alguns adversários na corrida autárquica de não terem autoridade para falar em democracia. Tanto mais que durante a sua gestão camarária impediram o PCP de estar presente na Feira de Agosto. A gestão CDU, pelo contrário, passou a convidar todas as forças democráticas a estarem presentes com stand próprio no certame e não alterou essa posição em ano de eleições.
Incomparável
António Figueira Mendes lamentou, por outro lado, que a falta de memória tenha tomado conta da campanha dos adversários. Lembrou por isso a grave herança recebida pela CDU, exemplificando, entre outros, com endividamento agudo do município (14 milhões de euros) e o atraso de mais de 200 dias no pagamento a fornecedores.
Estes mesmos que inundam o espaço público de propaganda pretendem apagar a memória dos grandolenses e ocultar a obra da CDU, aludiu ainda António Figueira Mendes, recordando, a propósito, que foram as suas gestões quem construiu a maioria dos equipamentos públicos e habitações sociais, requalificou estradas e a rede de água e saneamento, construiu e redinamizou a zona industrial e o turismo, captando investimento com potencial de consolidar criação de riqueza e emprego.
Mobilizar
Joaquim Correia, em representação do PEV, antecedeu Jerónimo de Sousa na tribuna e também não se fez rogado nas críticas ao PS local e nacional, designadamente ao rejeitar a apropriação por outros dos investimentos sustentáveis garantidos pela Câmara grandolense, e ao advertir para o perigo que comporta a proposta de descentralização do Governo liderado por António Costa.
O Secretário-geral do Partido encerrou o jantar-convívio colocando o acento tónico na confiança de que a CDU se vai reforçar em Grândola no próximo dia 1 de Outubro. Porque os candidatos, listas e propostas para os diversos órgãos autárquicos espelham trabalho abnegado e projecto em defesa dos interesses populares e dos serviços públicos. Porque está nas mãos de todos os activistas da CDU, juntamente com os candidatos, erguer uma grande campanha de esclarecimento de massas, pela positiva, não dando importância a provocações e calúnias. A isso responde-se com intensificação do contacto directo, com a afirmação da obra feita e da postura distinta dos comunistas e ecologistas quando em causa estão a defesa e concretização do bem comum, concluiu.
Dois dias antes da iniciativa da CDU, a Câmara Municipal assinou com uma empresa aeronáutica um contrato-promessa para a instalação de uma fábrica no concelho. Serão criados cem postos de trabalho directos, subsistindo a possibilidade de desdobramento numa segunda unidade produtiva.
Em declarações ao Avante!, António Figueira Mendes salientou o facto de o investimento ter sido assegurado exclusivamente em resultado da persistência e competência da autarquia e insistiu tratar-se de mais um caso que confirma que quando a CDU prometeu tudo fazer para trazer postos de trabalho para Grândola, tinha intenção de não descansar até cumprir tal objectivo. O que não está ao alcance de todos, assinale-se.