Entrevista a José Luís Alfélua actual vereador e cabeça-de-lista à Câmara Municipal de Alcochete

CDU quer afirmar a marca «Alcochete»

ESTRATÉGIA Os objectivos da CDU estão definidos no plano estratégico «Alcochete 2030», recentemente aprovado, que traça a visão da Coligação PCP-PEV para o concelho a médio/longo prazo.

O aeroporto deve ser construído no Campo de Tiro de Alcochete

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Que balanço fazes do trabalho realizado pela CDU neste concelho?

Faço um balanço muito positivo, tendo em conta que nos últimos 12 anos mais de metade foram efectuados num contexto nacional e internacional muito adverso, que muito condicionou os nossos compromissos para com os nossos munícipes.

Apesar deste contexto, isso não nos inibiu de planearmos, projectarmos e executarmos obra.

Este balanço positivo que tem sido corroborado também pelos nossos eleitores em cada acto eleitoral, tem reforçado a sua votação na CDU.

 

Que obras e intervenções merecem ser destacadas?

Apesar das condicionantes atrás referidas, foram bastantes as obras efectuadas, algumas delas, para além da qualificação do espaço público, foram potenciadoras de emprego, visitação, identidade cultural, mobilidade, entre outras.

Passo a enunciar as que considero mais importantes neste ciclo político:

Requalificação dos espaços públicos da Quinta da Caixeira, no Samouco.

Extensão do Centro de Saúde do Samouco.

Requalificação da praça da República, no Samouco.

Requalificação do Monte do Passil.

Requalificação do parque de merendas na Fonte da Senhora.

Pavimentação de caminhos agrícolas.

Construção da zona desportiva e de lazer do Valbom.

Construção da 2.ª fase da variante a Alcochete.

Requalificação da rua João de Deus/rua do Catalão.

Requalificação da rua do Mercado.

Requalificação do espaço público na zona envolvente à praia dos Moinhos.

Construção da Biblioteca Municipal.

Construção do acesso poente à Biblioteca Municipal.

Pavimentação da rua do Salineiro.

Pavimentação da E.M. 502 (estrada da Atalaia).

Requalificação da frente ribeirinha (passeio do Tejo e rua do Norte).

Construção do bote Leão.

 

O início do actual mandato ficou marcado por grandes dificuldades, impostas pelo anterior governo PSD/CDS, também ao Poder Local Democrático. De que forma esse ataque se sentiu em Alcochete?

As dificuldades foram muitas, até porque algumas das medidas impostas pelo governo PSD/CDS foram para além das imposições da própria troika.

Sentimos bem na pele a redução das verbas provenientes do Orçamento do Estado e na redução do número de trabalhadores, que por imposição legislativa ficámos impedidos de repor.

De relembrar que apesar de estarmos inseridos na Área Metropolitana de Lisboa, estamos entre os cinco primeiros municípios que menos verbas recebe do Orçamento do Estado e isso é penalizador para um município pequeno como o nosso.

 

Hoje, fruto de uma nova composição parlamentar, os problemas das autarquias estão resolvidos?

Não. Reconhecemos ainda assim que houve melhorias nas imposições e nos constrangimentos aos municípios. Ao nível dos trabalhadores muito está ainda por fazer, quer seja ao nível de vencimentos, horas extra e carreiras, quer seja ao nível da sua valorização profissional. O que se tem ganho até ao momento, muito se deve à actuação firme do PCP nestas matérias.

A aprovação de uma nova Lei das Finanças Locais é o passo a dar para uma maior autonomia do poder local democrático e para melhor podermos servir os nossos cidadãos.

 

O facto de seres vereador desde 2005 e de teres assumido nos dois últimos mandatos o cargo de vice-presidente dá-te mais e melhores argumentos para encabeçares a lista da CDU à autarquia? Esta foi uma escolha natural? Assumir essa responsabilidade foi algo que ponderaste?

É uma mais valia. Ter feito parte de um projecto político que tem uma visão estratégica do território e que o tem transformado para melhor foi e é um privilégio. Com a minha liderança existirá também a garantia para os nossos cidadãos de que este projecto terá continuidade, porque a nossa visão «Alcochete 2030» está e continuará em marcha, assim os eleitores nos concedam mais uma vez a sua confiança no próximo acto eleitoral de 1 de Outubro.

Sim, julgo que foi uma escolha natural, resultado de uma ampla auscultação feita pelo nosso Partido e essa escolha ter recaído em mim deixou-me como é natural muito honrado. Sempre assumi todos lugares com muita responsabilidade e este teve de ser muito mais ponderado, porque as responsabilidades serão acrescidas. Cá estarei com a vontade de quem está agora a começar para levar por diante este novo cargo, juntamente com a equipa que comigo trabalhará.

 

Estás ligado ao movimento associativo desde os anos 70 do século passado. Que importância teve na tua formação enquanto pessoa?

Teve muita importância. Todos os eleitos locais deveriam passar pelo movimento associativo, porque é uma autêntica escola de cidadania, onde trabalhar para o colectivo de forma gratuita e solidária está sempre bem presente. Recolhi muitos ensinamentos, que me foram muito úteis nas diversas funções que fui exercendo, nomeadamente como vereador do desporto durante dois mandatos. É um bichinho que se entranha, que se apanha o gosto e que depois se torna difícil largar.

 

Ter Luís Franco, actual presidente da autarquia na Assembleia Municipal dá mais «confiança» e experiência ao projecto CDU?

É acima de tudo uma mais valia. A sua experiência e o seu conhecimento sobre as matérias, fruto do cargo que exerce há quase doze anos, fará dele um excelente presidente da Assembleia Municipal. Este órgão é de uma importância extraordinária e com o Luís Franco a presidi-lo será naturalmente um apoio suplementar ao desenvolvimento do nosso trabalho na Câmara Municipal.

 

O que diferencia a CDU das outras forças políticas que concorrem no concelho?

É a nossa proximidade e ligação às pessoas, aos nossos munícipes, quer seja através das reuniões de Câmara e Assembleias Municipais descentralizadas em todo o concelho, quer seja no contacto directo e nos atendimentos que fazemos. Também a nossa ligação aos trabalhadores da autarquia e ao movimento associativo são características que mais nenhuma força política tem.

Os nossos objectivos estão definidos, através do plano estratégico «Alcochete 2030», recentemente aprovado, que traça a nossa visão sobre o território a médio/longo prazo. Pretende-se que continue a ser um concelho atractivo para os que aqui residem e para os que pretendem vir para cá morar, atractivo para a instalação de novas empresas e para o desenvolvimento turístico muito ligado às potencialidades do nosso território. Queremos afirmar a marca Alcochete.

 

Olhando para o passado, é mais fácil perspectivar o futuro de Alcochete? Que objectivos estabeleceu esta força política?

Quando nós iniciámos este ciclo político há quase 12 anos, a nossa primeira preocupação foi planear e definir o que queríamos para o nosso território. A partir daí temos vindo a projectar e a executar de acordo com aquilo que foram os objectivos traçados nesta nossa visão estratégica.

No âmbito do novo quadro comunitário e não só, temos um conjunto projectos cujas obras se iniciarão quase todas no decorrer do próximo mandato. São intervenções nas áreas da educação, nos espaços públicos, na rede viária, na mobilidade, entre outras, que muito qualificarão o nosso concelho.

Definimos como prioridades do próximo mandato a requalificação da rede viária municipal e a renovação da frota municipal, principalmente ao nível de carros de recolha de RSU e equipamentos pesados, fundamentais para a elevação da qualidade da prestação do serviço público aos nossos munícipes.

 

Da responsabilidade do Poder Central, o que ainda falta fazer neste concelho?

Falta ainda muita coisa. Dou apenas alguns exemplos, que considero mais importantes e que não obtiveram ainda nenhuma resposta positiva por parte da tutela:

Requalificação da escola EB 2/3, cujas condições são péssimas para os alunos e para o pessoal docente e não docente.

Ressarcir o município da verbas gastas na construção da extensão do Centro de Saúde, no Samouco, promessa que nunca foi concretizada.

Financiamento para a conclusão da 2.ª fase da variante a Alcochete, promessa que nunca foi concretizada.

Construção do nó de ligação à variante da Atalaia à A12, tão importante para um melhor acesso ao nosso parque industrial do Passil.

Reperfilamento da E.N.118

 

A construção do Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete continua a ser a opção mais acertada? Como interpretas a «solução» (Montijo) encontrada e inscrita no memorando de entendimento entre o Estado e a Ana-Aeroportos de Portugal?

A nossa posição política é clara sobre esta matéria. O aeroporto deve ser construído no Campo de Tiro de Alcochete, duma forma faseada. Existem projectos e estudos ambientais aprovados, falta apenas vontade política para avançar.

A solução BA6 é uma visão redutora para os interesses do concelho de Alcochete, da região e do País, porque da forma como o tráfego aéreo está a crescer, garantidamente que as previsões de durabilidade desta solução se esfumarão muito antes dos prazos agora apontados.

 

De que forma um bom resultado na CDU pode contribuir para uma melhor qualidade de vida das gentes de Alcochete?

Um bom resultado na CDU é o garante de uma melhor qualidade de vida para todos.

A nossa política direcciona-se para as pessoas, para as nossas tradições, os nossos hábitos e costumes, para a valorização das potencialidades do nosso concelho.

Estas são as garantias que continuaremos a dar aos nosso munícipes no próximo mandato, alicerçadas num trabalho sério e competente, para que possamos continuar a merecer essa confiança no próximo dia 1 de Outubro.




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