Entrevista a Maria das Dores Meira, actual presidente e de novo cabeça-de-lista à Câmara Municipal de Setúbal

Vale a pena viver e trabalhar em Setúbal

ACREDITAR Em Setúbal, depois de uma gestão ruinosa do PS na autarquia, a CDU «arregaçou as mangas» e pôs mãos à obra, para transformar a vida das pessoas.

Conseguimos fazer muita obra, que está à vista de todos

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Que «herança» foi deixada pelo PS, quando a CDU reconquistou a autarquia?

Em 2001, após uma auditoria, encontramos uma Câmara falida tecnicamente. Fomos obrigados a pedir um contrato de reequilíbrio financeiro, de 47 milhões de euros, a somar aos 20 milhões que já estavam em dívida de médio e longo prazo. Isto sem contar com os «papéis» que desaparecerem.

Mas isso não nos impediu de realizar a cidade, que estava muito degradada, desorganizada e suja. Começámos a trabalhar com muita força, sempre em estreita ligação ao movimento associativo, às empresas e à população. Todas as propostas – financeiras, de organização e reestruturação do município – foram discutidas com todos.

Assim, fomos conseguindo.

Uma das principais bandeiras foi a descentralização de competências para as freguesias. Foi um sucesso e, dessa forma, conseguimos fazer muita obra, que está hoje à vista de todos e ficaria mais cara se a contratualizássemos a empreiteiros ou sub-empreiteiros.


Que papel tiveram os trabalhadores da autarquia neste processo?

Mobilizar os trabalhadores foi outra «aposta» ganha, mas nunca finalizada, porque todos os dias aparecem problemas que temos que resolver. Isto é dinâmico. Com eles discutimos como reorganizar os serviços, primeiro em todas as divisões e agora por departamento.

Antes de 2001, os engenheiros não contactavam com os operários, nem os eleitos do PS iam aos serviços operacionais, que estavam muito degradados. Hoje trabalham em excelentes condições, e tudo foi feito com eles, os serralheiros, os electricistas, os pedreiros, sector a sector. Sentimos que as estão motivadas e, por isso, lhes agradecemos por terem ajudado a transformar Setúbal.


Que áreas estavam mais abandonadas?

A educação foi uma grande prioridade da CDU. Quando chegámos ao executivo da autarquia, tínhamos seis mil crianças do pré-primário em regime duplo. Foi isso que o PS deixou. Hoje, só nos falta resolver o problema de cerca de 200 meninos.

O panorama inverteu-se. Construímos escolas novas, reabilitámos as existentes, construímos refeitórios em todos os estabelecimentos de ensino. Todos os meninos têm direito a comer nas escolas, todos. E os que têm carências especiais têm um lanche reforçado. Agora, todas as escolas têm biblioteca, quando, antes de 2001, só algumas é que tinham. Só nos falta construir uma escola. Temos já uma candidatura para fazer a que falta.

No pré-escolar, onde mais de 60 por cento dos meninos eram obrigados a ir para o ensino privado, temos a rede coberta.

Simultaneamente, resolvemos outros problemas. Foram feitas centenas e centenas de quilómetros, em todas as freguesias, de alcatroamento, de saneamento básico, de água.

Depois, só as colectividades ligadas ao PS é que recebiam apoios. As outras nem direito a cem euros tinham. Hoje temos regulamentos para o movimento associativo e todas as 227 instituições são tratadas por igual.

À excepção do Vitória Futebol Clube e de uma outra colectividade ligada ao PS, todos os campos eram em terra batida. De lá para cá, gastámos centenas de milhares de euros na colocação de relvados sintéticos e de arranjo da sua envolvente. Faltam apenas dois campos serem reabilitados.


Que outras soluções foram encontradas?

Temos uma grande preocupação com o tecido empresarial. Entre 2005 até hoje, sete mil postos de trabalho foram criados. Segundo o Instituto do Emprego e da Formação Profissional, Setúbal é o concelho que menos desemprego tem no distrito.

Também não descurámos a cultura, que deu um pulo impensável. Toda a gente participa nas actividades culturais e, também por isso, reabilitámos o Fórum Municipal Luísa Todi, adquirimos o Quartel do [Regimento de Infantaria] 11, que estava em ruínas e para ser vendido a privados. Voltámos a entregá-lo ao Estado para que lá se faça uma escola de hotelaria e turismo. Recuperámos, ainda, o Banco de Portugal, agora transformado numa galeria municipal de artes, e o Museu do Trabalho, hoje Casa da Cultura.

Recuperámos, também, os cemitérios. Passa pela cabeça de alguém não haver espaço para sepultar os nossos mortos? Hoje temos mais espaços e entrou em funcionamento um forno crematório.

Também os nossos mercados não foram esquecidos, especialmente o Mercado do Livramento, considerado um dos dez melhores do mundo. Fomos nós que o recuperámos, uma obra de quase quatro milhões de euros.

Paralelamente, estamos a revitalizar a baixa e criámos programas como o «Setúbal mais bonita», «Ouvir a população, construir o futuro» e «Nosso bairro, nossa cidade», um projecto fantástico que se está a estender para outros pontos da cidade. Estamos a caminho de uma democracia participativa, à séria.


E o turismo?

Criámos a Casa Baía para a promoção turística, outra área que praticamente não existia no concelho. Foi outra aposta conseguida. A reabilitação da frente ribeirinha foi fundamental para o desenvolvimento desta área. Estamos a recuperar o parque de campismo do Outão.


Quais as principais «bandeiras» e promessas para o próximo mandato?

Temos que acabar com o Viaduto das Fontaínhas, que o Mata Cáceres [último presidente eleito pelo PS] ali deixou. Aquele é o expoente máximo da desorganização da cidade. Queremos construir uma nova solução de circulação viária mais para nascente.

Outros projectos se perfilam, como a ligação entre o parque natural e a praia de Albarquel, através de um passeio marítimo; revitalização do centro histórico e dos bairros periféricos; obras nas bacias de retenção das águas fluviais para reduzir as inundações na baixa da cidade da Várzea e construção de um novo parque urbano; construção de um novo parque verde na Quinta da Amizade; revalorização do parque de campismo da Gâmbia; construção de duas novas gares, uma na Praça do Brasil para a integração dos transportes rodoviários com o transporte ferroviário, e outra nas Fontainhas, que fará a ligação do transporte ferroviário com os transportes fluviais para Tróia e Litoral Alentejano.


Porque é que os setubalenses e azeitonenses devem voltar a votar na CDU no dia 1 de Outubro?

Serão mais quatro anos de trabalho incansável. Setúbal tem que ser uma cidade em que as pessoas acreditem que vale a pena viver e trabalhar. Aqui terão espaço para serem felizes.




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