Em Palmela, concluímos este ciclo com a convicção de dever cumprido: os indicadores são bastante positivos, quer ao nível da concretização dos investimentos, quer no que respeita aos resultados financeiros, e não temos dívidas a fornecedores.

Demos resposta aos compromissos assumidos para este mandato e, fruto de uma política de gestão partilhada e participada pela comunidade – que continuamos a aprofundar com diversos projectos sob o mote «Eu Participo!», com especial destaque para o trabalho com as crianças – fomos acrescentando novos desafios ao nosso plano de actividades, que enriqueceram a nossa acção e demonstraram bem a capacidade das equipas municipais.

Apesar das restrições à contratação, que se mantêm, não obstante o equilíbrio financeiro, as trabalhadoras e os trabalhadores do município continuam a ser exemplo de «amor à camisola», dando o seu melhor pela qualidade de vida das populações e honrando o serviço público.

Aquele que é maior concelho da Área Metropolitana de Lisboa, com 465 quilómetros quadrados de extensão, é um território dinâmico, que tem continuado a crescer demograficamente e que conta com cinco freguesias muito diferentes, que têm sabido preservar a sua identidade, enquanto, simultaneamente, se abrem ao mundo e à evolução com os novos tempos.

Ao longo de quatro décadas de gestão comunista, procurou-se suprir as necessidades de um concelho onde tudo estava por fazer e, nos últimos quatro anos, mantivemos a aposta na qualificação e modernização das infra-estruturas, determinante para os vários núcleos urbanos, dispersos pelas nossas freguesias rurais. São ilustrativos os 900 quilómetros de caminhos públicos e os 520 quilómetros de condutas de água de que dispomos para servir as populações, e para cuja gestão, manutenção e alargamento canalizamos vários milhões de euros.

A educação é outra das nossas principais apostas, com a convicção de que se trata de um investimento no futuro. A requalificação do Parque Escolar continua e, além da beneficiação contínua das muitas escolas que temos, estamos, neste momento, a realizar três grandes empreitadas de requalificação e ampliação de escolas básicas, estando para breve o início de mais uma. No total, o investimento ascende aos três milhões de euros, com comparticipação financeira no âmbito do Portugal 2020.

Fundos comunitários

A captação de fundos comunitários tem sido, aliás, um dos objectivos estratégicos deste mandato, que levou à constituição de equipas municipais e intermunicipais para a construção de candidaturas sérias e sólidas, cujo mérito tem sido reconhecido com um alto nível de aprovação.

Das cerca de quatro dezenas de acções previstas – em áreas como a educação, o ambiente, a mobilidade suave, o património, o turismo, o espaço público, a regeneração urbana ou a intervenção social – 14 foram já aprovadas, com várias obras a decorrer, representando um investimento global de perto de dez milhões de euros.

Destacam-se, aqui, intervenções da responsabilidade da Administração Central que aguardavam por soluções há décadas e que motivaram o município a procurar estabelecer parcerias e a assumir parte dos custos e muito trabalho, para a concretização de aspirações antigas como a nova Unidade de Saúde Familiar de Pinhal Novo, a regularização da Ribeira da Salgueirinha ou a intervenção de natureza estrutural para evitar derrocadas nas encostas do Castelo.

É esperada, até ao final deste ano, a aprovação de outras duas dezena de acções. Estas candidaturas têm sido desenhadas de forma estruturada e transversal, como contributo para a coesão do território.

Um território que tem sabido manter o equilíbrio entre a riqueza endógena, uma cultura marcadamente rural e o enorme potencial de uma localização estratégica, com boas acessibilidades.

Trabalho reconhecido

Hoje, se somos reconhecidos pelo forte cluster automóvel, pelos pólos industriais com tecnologia de ponta e pela vocação logística – sectores que criam muito emprego e contribuem para o avanço do conhecimento e que, como tal, temos acarinhado e acompanhado de perto, estabelecendo parcerias – também é verdade que os vinhos de Palmela são um dos nossos estandartes nacionais e além-fronteiras, abrindo portas para o reconhecimento do nosso sector agrícola e florestal, que queremos cada vez mais forte e sustentável.

O trabalho desenvolvido, em particular, ao longo das duas últimas décadas, no apoio à produção e na promoção dos nossos produtos locais de qualidade – os vinhos, mas também os queijos de ovelha, os hortofrutícolas, a doçaria, a gastronomia – tem dado bom fruto e é, hoje, também, factor de atracção e dinamização turística.

O calendário de eventos, promovidos e/ou apoiados pelo município, é recheado de iniciativas de carácter cultural e turístico ou dedicadas aos produtos locais de qualidade, como o Festival Queijo, Pão e Vinho, a Mostra de Vinhos de Fernando Pó, o Festival do Moscatel, a Festa das Vindimas, o Festival Internacional de Gigantes, o Palmela Wine Jazz, a Feira Medieval de Palmela, o Festival Internacional de Saxofones ou o programa de promoção gastronómica «Palmela, Experiências com Sabor!».

«Palmela Conquista» – a assinatura que tão bem expressa a forma como nos posicionamos, vai ao encontro dos números mais recentes da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, que apontam Palmela como um dos municípios que maior crescimento turístico tem registado na região, de forma sólida e continuada.

Álvaro Amaro, actual presidente
e de novo cabeça-de-lista
à Câmara Municipal de Palmela