A aliança de direita dos partidos Força Itália, de Silvio Berlusconi, e Liga Norte, de Matteo Salvini, venceu a segunda volta das eleições municipais parciais realizadas, dia 25, em Itália.

Com uma participação de apenas 46 por cento dos eleitores, a direita impôs-se em 16 das 25 capitais de província em disputa, incluindo Génova, cidade governada pela esquerda desde o pós-guerra.

Por sua parte, o Partido Democrático conquistou à direita os municípios de Pádua (Véneto), Lecce (Apúlia) e conservou capitais como Lucca (Toscânia), Palermo (Sicília) e Taranto (Apúlia).

O partido populista Movimento 5 Estrelas (M5S), do actor Beppe Grillo, que há um ano conquistou grandes metrópoles como Roma e Turim, foi desta vez afastado da segunda volta nas principais cidades.

Com eleições legislativas previstas para Fevereiro de 2018, estas eleições foram seguidas com particular atenção, apesar da sua abrangência limitada, envolvendo apenas nove milhões dos 50 milhões de eleitores.

Reconhecendo que o resultado «podia ter sido melhor», o líder do Partido Democrático (PD) e ex-primeiro-ministro, Matteo Renzi, salientou que o seu partido, apoiado por listas de cidadãos na maioria dos casos, conquistou mais municípios do que a direita, e recusou ver os resultados como «um sinal de alarme», uma vez que «as eleições locais são diferentes das gerais».

As sondagens mais recentes colocam o M5S à frente com 30,2 por cento das intenções de voto. O PD surge em segundo lugar com 26,5 por cento. Seguem-se a Liga Norte e a Força Itália com cerca de 12 por cento cada.