Pensar diferente em Viseu
O Mercado 2 de Maio – centro cívico projectado por Sisa Vieira, que a edilidade quer adulterar sem o consentimento do arquitecto – acolheu, dia 25, a apresentação pública dos primeiros candidatos da CDU à Câmara, Filomena Pires (56 anos, professora), à Assembleia Municipal, Fernando Loureiro (52 anos, advogado) e à Assembleia de Freguesia de Viseu, Francisco Almeida (58 anos, professor).
A candidata sublinhou que «é preciso mais democracia na Câmara», «fazer a diferença para melhor» e «intervir no concelho de outra maneira». «Continuaremos a bater-nos por uma visão estratégica que assente na realidade que temos e não num imaginário concelho reduzido a uma urbanidade comprada e feita por encomenda», afirmou Filomena Pires.
Na sua intervenção, a candidata recordou que a Coligação PCP-PEV foi «a única força política a opor-se ao encerramento das ligações ferroviários a Viseu» e que os partidos que a integram foram os únicos a levar à «Assembleia da República projectos de lei para a sua concretização». Prometeu ainda continuar a luta «contra o injusto pagamento de portagens na A24 e na A25», assim como defender a «requalificação do IP3 em perfil de auto-estrada sem portagens» e a «concretização do IC37 e a ligação condigna ao Sátão». Criticou, por outro lado, «o novo sistema de transportes públicos», que é «insuficiente e inadaptado às necessidades das populações do concelho».
Noutras áreas de intervenção, a candidata à presidência da autarquia reclamou, entre outras medidas, a intervenção urgente nas escolas Viriato e Grão Vasco, o reconhecimento da excelência do Instituto Politécnico de Viseu como primeiro passo para a criação da universidade pública, a construção do matadouro de Viseu, a valorização da agricultura familiar e a criação de instrumentos para o escoamento da produção agrícola, que não apenas do vinho.