CDU devolveu a vida a Alcácer do Sal e quer prosseguir o rumo de progresso
EVOLUÇÃO Vítor Proença, actual presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, foi apresentado no sábado, 20, como candidato a um novo mandato, encabeçando a lista da CDU.
Em oito anos de maioria PS, Alcácer do Sal parou no tempo
A sessão de apresentação decorreu na quente tarde de sábado no salão da Sociedade Filarmónica Amizade Visconde de Alcácer «Calceteiro», mesmo junto ao Sado. Entre as centenas de pessoas presentes, que faziam transbordar o amplo salão, encontravam-se dirigentes associativos, antigos e actuais autarcas, militantes comunistas e muitos independentes, que reconhecem a excelência da gestão CDU no actual mandato.
Se é verdade que há quatro anos, quando se candidatou pela primeira vez à presidência da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vítor Proença contou com o apoio de figuras como Eusébio, é também uma realidade que a apresentação do passado sábado foi muito maior, mais ampla e mais abrangente do que a de 2013. É que nessa altura, Vítor Proença e a CDU eram a maior esperança para que Alcácer recuperasse o rumo de progresso trilhado durante décadas, enquanto que hoje constituem já uma certeza disso mesmo.
Foi precisamente da recuperação de Alcácer do Sal, profundamente desgastada por oito anos de gestão do PS, que falou Vítor Proença no seu discurso de apresentação, no qual lembrou que «há quatro anos, quanto partimos para a mudança, encontrámos uma cidade transformada num estaleiro, com vedações de arame ao longo da marginal, moribunda na restauração, com a espectacular Pousada do Castelo prestes a fechar portas e com uma onda de pessimismo e de autoestima negativa muito acentuada entre as pessoas». Era, concluiu, um concelho «parado no tempo».
Alcácer a mexer
O actual presidente da Câmara Municipal e novamente candidato da CDU passou depois em revista alguns dos principais eixos da mudança operada em Alcácer do Sal nestes quatro anos. E falou da criação de dinâmicas turísticas, da captação de investimento agroalimentar e turístico, da concretização de obras há muito planeadas e adiadas, de importantes equipamentos escolares, desportivos e geriátricos construídos e recuperados, do pagamento de dívidas contraídas pela anterior maioria e da modernização de recursos da própria Câmara Municipal. Vítor Proença valorizou ainda o facto de tudo isto ter sido possível apesar do «contraciclo económico e político», das «restrições do défice» e das limitações impostas pela troika.
Para o futuro, o candidato começou por sublinhar as potencialidades criadas pelo novo Plano Director Municipal, apontando em seguida a aposta em projectos educativos e equipamentos culturais, como o Museu Pedro Nunes (cuja inauguração será em 2018) e a iluminação das muralhas do Castelo e de outros monumentos históricos, de forma a valorizar a vila e aproveitar ainda mais as suas imensas potencialidades turísticas. Vítor Proença revelou ainda que, caso a CDU vença as eleições de 1 de Outubro, como se espera, a autarquia continuará a trabalhar com as três bandas do concelho no «sucesso de uma candidatura da música filarmónia a Património Mundial da UNESCO» e a bater-se, como até aqui tem feito, por equipamentos e infra-estruturas da responsabilidade do poder central.
O candidato da CDU alertou ainda para os riscos inerentes a quaisquer «ideias anestesiantes de que “está ganho”», lembrando que «por um voto se ganha, por um voto se pode eleger mais» representantes da CDU nos diversos órgãos.
Afirmar o projecto da CDU
Na última intervenção da tarde, Carlos Gonçalves, da Comissão Política, valorizou o projecto da CDU, em Alcácer do Sal como no País, realçando a justeza da expressão «Trabalho, Honestidade e Competência», associada à Coligação PCP-PEV, que não só «traduz o percurso justamente reconhecido à acção dos seus eleitos» como «cria novas exigências e acrescidas responsabilidades para continuar a corresponder a este património».
A CDU, assumiu o dirigente comunista, não se esconde atrás de «listas de cidadãos eleitores» que na maioria dos casos acolhem «coligações disfarçadas, arranjos partidários ou de promoção de ambições pessoais ou de interesses económicos». Não, a CDU parte para mais estas eleições em nome próprio e com a «confiança de quem tem um património de luta e intervenção» em prol dos direitos e aspirações das populações, de combate à política de direita e de defesa e valorização do poder local democrático.
Sobre este último aspecto, Carlos Gonçalves sublinhou a importância decisiva da criação das regiões administrativas previstas na Constituição, da devolução das freguesias roubadas e de impedir que, sob a capa da descentralização, se sobrecarregue as autarquias de competências para as quais não têm nem vocação nem meios.
A apresentação pública do candidato da CDU, que se iniciou com a música de Rui e Ana Magarreiro, prosseguiu com um convívio, que se prolongou pela tarde fora.